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Governo planeja enviar ao Congresso projeto de lei que altera regras do BPC/Loas

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O governo federal planeja enviar, em novembro, ao Congresso Nacional, um projeto de lei que altera as regras do Benefício de Prestação Continuada (BPC/Loas). O objetivo, segundo nota do jornal Extra, é “tornar o programa mais rigoroso e alinhado ao Bolsa Família, com novas exigências para evitar fraudes e controlar os gastos públicos”.

O BPC é um benefício assistencial de um salário mínimo (R$ 1.412) concedido a idosos com mais de 65 anos e a pessoas com deficiência de baixa renda. O BPC/Loas não exige contribuição prévia ao INSS, mas não inclui 13º salário e não é revertido em pensão por morte.

Novas exigências e revisões frequentes

O projeto de lei, segundo a nota, propõe “revisar o BPC a cada dois anos para confirmar se os beneficiários ainda atendem aos critérios de renda e deficiência”. Também inclui uma prova de vida anual, com biometria e reconhecimento facial. Beneficiários poderão atualizar o cadastro por aplicativo ou no CRAS (Centro de Referência de Assistência Social).

Como você já viu aqui no Previdenciarista, o governo iniciou revisões cadastrais em agosto, convocando 505 mil pessoas fora do CadÚnico, das quais 200 mil já atualizaram o cadastro. Outros 640 mil que não atualizam os dados há mais de quatro anos também foram chamados para recadastramento.

Governo planeja enviar ao Congresso projeto de lei que altera regras do BPC/Loas

Suspeitas de irregularidades e controle de fraudes

Estima-se que irregularidades no BPC representem até 30% do total de benefícios. Para combater fraudes, o governo bloqueou o pagamento de 400 mil beneficiários que não estão no CadÚnico e de 380 mil que não atendem ao critério de renda. Esses bloqueios podem ser revertidos com a regularização do cadastro.

Segundo o advogado Rodolfo Ramer, para o jornal Extra, “a limitação de renda em ¼ do salário mínimo gera bloqueios frequentes e muitas ações judiciais, onde beneficiários tentam comprovar despesas que justifiquem a continuidade do benefício”. Já o professor Marco Serau, da UFPR, defende que, além do cruzamento de dados, o sistema do CRAS deve ser modernizado para evitar erros no cadastro.

O projeto foi elaborado com a participação dos ministérios do Desenvolvimento Social e da Previdência Social e já foi enviado à Casa Civil para análise. A proposta visa economizar e garantir que o benefício seja concedido a quem realmente precisa, modernizando o processo de concessão e manutenção do BPC/Loas.

Sobre o Autor

Advogado (OAB/RS 80.622). Fundador do Previdenciarista. Mestre em Direito Tributário pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra - FDUC, Portugal. Especialista em Direito Tributário pela Universidade de Caxias do Sul - UCS. MBA em Gestão Estratégica de Negócios na Escola Superior de Propaganda e Marketing - ESPM. Bacharel em Direito pelo Centro Universitário Franciscano - UNIFRA. Consultor de empresas formado pela Fundação Getúlio Vargas - FGV.

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