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PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO-ACIDENTE. AUSÊNCIA DE REDUÇÃO NA CAPACIDADE DE TRABALHO. HONORÁRIOS. TRF4. 5010345-04.2023.4.04.7107...

Data da publicação: 12/12/2024, 23:22:32

PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO-ACIDENTE. AUSÊNCIA DE REDUÇÃO NA CAPACIDADE DE TRABALHO. HONORÁRIOS. 1. Os pressupostos para a concessão do auxílio-acidente são: (1) comprovação da ocorrência de acidente de qualquer natureza de que resultem (2) sequelas decorrentes de lesão consolidada que impliquem (3) redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia o segurado. 2. Ausente redução na capacidade de trabalho, é indevida a concessão de auxílio-acidente. 3. Majorados os honorários advocatícios a fim de adequação ao que está disposto no art. 85, § 11, do Código de Processo Civil. (TRF4, AC 5010345-04.2023.4.04.7107, 5ª Turma, Relator OSNI CARDOSO FILHO, julgado em 22/10/2024)

Poder Judiciário
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO

Apelação Cível Nº 5010345-04.2023.4.04.7107/RS

RELATOR: Desembargador Federal OSNI CARDOSO FILHO

RELATÓRIO

M. A. B. G. interpôs apelação contra sentença que julgou improcedente o pedido para concessão de auxílio-acidente, condenando-o ao pagamento dos honorários periciais e advocatícios, estes arbitrados em 10% (dez por cento) sobre o valor da causa, cuja exigibilidade foi suspensa por litigar ao amparo da justiça gratuita (evento 51, SENT1).

Sustentou que a sentença merece reforma, pois sua capacidade de trabalho não mais está íntegra, em razão de sequelas decorrentes do infortúnio. Mencionou que a lei não faz exigências em relação ao grau da lesão, que pode até mesmo ser mínimo (evento 58, APELAÇÃO1).

VOTO

Auxílio-acidente

A norma que disciplina o benefício de auxílio-acidente está prevista no art. 86 da Lei nº 8.213:

Art. 86. O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao segurado quando, após consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultarem sequelas que impliquem redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia. (Redação dada pela Lei nº 9.528, de 1997)

§ 1º O auxílio-acidente mensal corresponderá a cinquenta por cento do salário-de-benefício e será devido, observado o disposto no § 5º, até a véspera do início de qualquer aposentadoria ou até a data do óbito do segurado. (Redação dada pela Lei nº 9.528, de 1997)

§ 2º O auxílio-acidente será devido a partir do dia seguinte ao da cessação do auxílio-doença, independentemente de qualquer remuneração ou rendimento auferido pelo acidentado, vedada sua acumulação com qualquer aposentadoria. (Redação dada pela Lei nº 9.528, de 1997)

§ 3º O recebimento de salário ou concessão de outro benefício, exceto de aposentadoria, observado o disposto no § 5º, não prejudicará a continuidade do recebimento do auxílio-acidente. (Redação dada pela Lei nº 9.528, de 1997)

§ 4º A perda da audição, em qualquer grau, somente proporcionará a concessão do auxílio-acidente, quando, além do reconhecimento de causalidade entre o trabalho e a doença, resultar, comprovadamente, na redução ou perda da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia. (Restabelecido com nova redação pela Lei nº 9.528, de 1997)

O auxílio-acidente é benefício concedido como forma de indenização aos segurados indicados no art. 18, § 1º, da Lei nº 8.213, que, após a consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultar sequelas que impliquem redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia.

A lei não faz referência ao grau de lesão, uma vez que essa circunstância não consta entre os requisitos para a concessão do auxílio-acidente. É devido o referido benefício ainda que a lesão e a incapacidade laborativa sejam mínimas, sendo necessário verificar apenas se existe lesão decorrente de acidente de qualquer natureza e se, após a consolidação da referida lesão, houve sequela que acarretou a redução da capacidade para o trabalho habitualmente exercido. No mesmo sentido:

PREVIDENCIÁRIO. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA. AUXÍLIO-ACIDENTE. LESÃO MÍNIMA. DIREITO AO BENEFÍCIO. 1. Conforme o disposto no art. 86, caput, da Lei 8.213/91, exige-se, para concessão do auxílio-acidente, a existência de lesão, decorrente de acidente do trabalho, que implique redução da capacidade para o labor habitualmente exercido. 2. O nível do dano e, em consequência, o grau do maior esforço, não interferem na concessão do benefício, o qual será devido ainda que mínima a lesão. 3. Recurso especial provido. (STJ, REsp 1109591 / SC, rel. Ministro CELSO LIMONGI (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/SP), S3 - TERCEIRA SEÇÃO, DJe 08/09/2010)

Quanto aos pressupostos legais para a concessão do auxílio-acidente, extrai-se do art. 86 da Lei nº 8.213 quatro requisitos: (a) a qualidade de segurado; (b) a superveniência de acidente de qualquer natureza; (c) a redução parcial da capacidade para o trabalho habitual e (d) o nexo causal entre o acidente e a redução da capacidade.

Quanto à data de início do benefício, ressalta-se que, nos termos do art. 104, § 2º, do Decreto nº 3.048/99, o auxílio-acidente será devido a contar do dia seguinte ao da cessação do auxílio-doença, o que inclusive foi ratificado pelo Superior Tribunal de Justiça quando da apreciação do Tema 862:

Tema 862: O termo inicial do auxílio-acidente deve recair no dia seguinte ao da cessação do auxílio-doença que lhe deu origem, conforme determina o art. 86, § 2º, da Lei 8.213/91, observando-se a prescrição quinquenal da Súmula 85/STJ.

Mérito da causa

Discute-se acerca da capacidade de trabalho do autor, se está íntegra ou limitada, devido à ocorrência de evento acidentário (acidente de qualquer natureza), para a finalidade de concessão de auxílio-acidente.

Conforme constou do laudo médico judicial, elaborado por especialista em ortopedia e traumatologia (evento 41, LAUDOPERIC1), o autor conta, atualmente, 50 anos de idade (nascido em 17/01/1974) e sua última atividade foi a de operador de máquinas, em fábrica de sucos, por um ano e quatro meses. Está afastado de suas atividades laborativas habituais desde março de 2023. Seu grau de instrução é o ensino médio completo. Relatou que foi vítima de acidente em 2014, no qual sofreu corte em polegar direito e lesões associadas. Queixou-se de permanecer com limitação para executas suas atividades. Afirmou que não realiza acompanhamento com ortopedista desde então.

Após avaliação física e análise da documentação médica complementar apresentada, mencionou o perito, no entanto, que a capacidade de trabalho está íntegra. O diagnóstico é de deformidade(s) do(s) dedo(s) das mãos (CID M20.0). Confira-se (grifei):

Conclusão: sem incapacidade atual

- Justificativa: PACIENTE TEVE TRAUMA CORTO CONTUSO EM POLEGAR DIREITO HÁ 9 ANOS. REALIZOU TRATAMENTO NA ÉPOCA E, DESDE ENTÃO, NÃO TEVE MAIS ACOMPANHAMENTO ALGUM. ATRAVÉS DOS EXAMES DE IMAGENS, EXAME FÍSICO, PACIENTE APRESENTA ARTRODESE INTERFALANGEANA DO POLEGAR. NÃO APRESENTA RESTRIÇÕES NAS ATIVIDADES.

- Houve incapacidade pretérita em período(s) além daquele(s) em que o(a) examinado(a) já esteve em gozo de benefício previdenciário? NÃO

- Caso não haja incapacidade atual, o(a) examinado(a) apresenta sequela consolidada decorrente de acidente de qualquer natureza? NÃO

Em resposta aos quesitos, o expert asseverou suas conclusões (grifei):

Outros quesitos do Juízo:

7. Formulo, desde já, os seguintes quesitos:
a) O autor apresenta alguma doença incapacitante para o exercício de qualquer atividade laboral que lhe garanta subsistência?
b) Em caso negativo, apresenta o autor doença que o incapacita para o exercício da atividade profissional que vinha exercendo?
c) Qual a classificação no Código Internacional de Doenças?
d) Quais as características da doença a que está acometida a parte autora?
e) Qual o estado mórbido incapacitante para as atividades profissionais?
f) Qual é o grau de redução da capacidade laboral? No início da incapacidade a limitação ao trabalho possuía grau idêntico ao hoje verificado ou houve progressão com o passar do tempo?
g) Havendo incapacidade para o trabalho, está é temporária ou permanente?
h) A doença ou moléstia incapacita o autor para a vida independente? Neste caso, qual o estado mórbido incapacitante?
i) Desde que época o autor está incapacitado? Como pode ser aferido tal dado?
j) Havia incapacidade na data do requerimento administrativo ou do cancelamento do benefício pleiteado junto ao INSS?
k) Qual o comprometimento sofrido pelo autor em sua rotina e hábitos (não atinente à sua atividade laboral)?
l) Quais medicamentos o autor faz uso? Há ocorrência de efeitos colaterais no tratamento? Quais?
m) Informe o Sr. Perito se o autor necessita de acompanhamento de terceiros para realização de suas atividades?
n) Quais os cuidados médicos que necessita o autor?
o) Quais as vedações que lhe impõe a sua doença/lesão?
p) Preste o Sr. Perito outros esclarecimentos relativos à moléstia do autor que possa melhor elucidar a causa.

Respostas:
a) O autor apresenta alguma doença incapacitante para o exercício de qualquer atividade laboral que lhe garanta subsistência?
NÃO HÁ INCAPACIDADE PARA QUALQUER ATIVIDADE.

b) Em caso negativo, apresenta o autor doença que o incapacita para o exercício da atividade profissional que vinha exercendo?
NÃO HÁ INCAPACIDADE PARA O EXERCÍCIO DA ATIVIDADE MENCIONADA.

c) Qual a classificação no Código Internacional de Doenças?
M20.0.
d) Quais as características da doença a que está acometida a parte autora?
REFERE DIFICULDADE NA REALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES, MAS AO EXAME NÃO ESTÁ INCAPACITADO.

e) Qual o estado mórbido incapacitante para as atividades profissionais?
PODE REALIZAR.
f) Qual é o grau de redução da capacidade laboral? No início da incapacidade a limitação ao trabalho possuía grau idêntico ao hoje verificado ou houve progressão com o passar do tempo?
NAS ATIVIDADES MENCIONADAS NÃO HÁ LIMITAÇÃO. APENAS EM MOVIMENTOS FINOS COM A MÃO DIREITA PODE HAVER LEVE LIMITAÇÃO.

g) Havendo incapacidade para o trabalho, está é temporária ou permanente?
PARA O TRABALHO MENCIONADO ANTERIORMENTE, NÃO HÁ INCAPACIDADE OU LIMITAÇÃO.

h) A doença ou moléstia incapacita o autor para a vida independente? Neste caso, qual o estado mórbido incapacitante?
NÃO.
i) Desde que época o autor está incapacitado? Como pode ser aferido tal dado?
APÓS ALGUNS MESES DO ACIDENTE.
j) Havia incapacidade na data do requerimento administrativo ou do cancelamento do benefício pleiteado junto ao INSS?
NÃO HÁ COMO AVALIAR, REFERE TER SIDO HÁ MUITO TEMPO.
k) Qual o comprometimento sofrido pelo autor em sua rotina e hábitos (não atinente à sua atividade laboral)?
NÃO HÁ COMPROMETIMENTO.
l) Quais medicamentos o autor faz uso? Há ocorrência de efeitos colaterais no tratamento? Quais?
FENITOÍNA, ACIDO VALPROICO, PAROXETINA. NÃO HÁ INTERFERÊNCIA.
m) Informe o Sr. Perito se o autor necessita de acompanhamento de terceiros para realização de suas atividades?
NÃO NECESSITA.
n) Quais os cuidados médicos que necessita o autor?
NÃO NECESSITA.
o) Quais as vedações que lhe impõe a sua doença/lesão?
NA REALIZAÇÃO DE MOVIMENTOS FINOS COM A MÃO DIREITA.
p) Preste o Sr. Perito outros esclarecimentos relativos à moléstia do autor que possa melhor elucidar a causa.

Conquanto o recorrente refira, nas razões de apelação, que sua capacidade de trabalho está reduzida, o juiz, quando se funda em prova técnica para firmar sua convicção, habitualmente se vale da prova pericial realizada em juízo, que, no presente caso, é clara ao referir que a aptidão à atividade laboral remanesce plena, a despeito de atestar a existência de limitações leves de movimento, conforme transcrito acima.

Nesse passo, cumpre referir que, para o fim de concessão de auxílio-acidente, é necessário perquirir se as limitações físicas ocasionadas repercutem, de fato, na atividade profissional desenvolvida pela parte autora.

No presente caso, o fato de terem ocorrido lesões que resultaram sequelas consolidadas não origina, por si, o direito ao auxílio-acidente, porque está expressamente afirmado não ter havido qualquer déficit de capacidade profissional pelo segurado.

A concessão do auxílio-acidente, neste contexto, contraria frontalmente a norma prevista no art. 86, caput, em sua parte final: O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao segurado quando, após consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultarem seqüelas que impliquem redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia.

Nāo se aplica a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça que concede o benefício em situações nas quais, mesmo que seja mínima a lesão, proporciona maior esforço no trabalho.

Nāo é o caso aqui, em que isso foi expressamente afastado na prova técnica, considerada a profissão do autor, de operador de máquinas.

A sentença, portanto, deve ser mantida.

Nessa linha de entendimento vem se manifestando o Tribunal Regional Federal da 4ª Região:

PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO-ACIDENTE. AUSÊNCIA DE REDUÇÃO NA CAPACIDADE DE TRABALHO. HONORÁRIOS. 1. Os pressupostos para a concessão do auxílio-acidente são: (1) comprovação da ocorrência de acidente de qualquer natureza de que resultem (2) sequelas consolidadas que impliquem (3) redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia o segurado. 2. Ausente redução na capacidade de trabalho, é imprópria a concessão de auxílio-acidente. 3. Majorados os honorários advocatícios a fim de adequação ao que está disposto no art. 85, §11, do Código de Processo Civil. (TRF4, AC 5001714-28.2023.4.04.9999, QUINTA TURMA, Relator OSNI CARDOSO FILHO, juntado aos autos em 14/08/2023)

PREVIDENCIÁRIO. BENEFÍCIO POR INCAPACIDADE. LAUDO JUDICIAL. AUXÍLIO-DOENÇA E APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. AUSÊNCIA DE INAPTIDÃO AO TRABALHO. AUXÍLIO-ACIDENTE. REDUÇÃO NA CAPACIDADE DE TRABALHO NÃO CONFIGURADA. AUSÊNCIA DE OCORRÊNCIA DE ACIDENTE DE QUALQUER NATUREZA. HONORÁRIOS. MAJORAÇÃO. 1. O direito à aposentadoria por invalidez e ao auxílio-doença pressupõe o preenchimento de 3 (três) requisitos: (1) a qualidade de segurado ao tempo de início da incapacidade, (2) a carência de 12 (doze) contribuições mensais, ressalvadas as hipóteses previstas no art. 26, II, da Lei nº 8.213, que a dispensam, e (3) aquele relacionado à existência de incapacidade impeditiva para toda e qualquer atividade (aposentadoria por invalidez) ou para seu trabalho habitual (auxílio-doença) em momento posterior ao ingresso no RGPS, aceitando-se, contudo, a derivada de doença anterior, desde que agravada após esta data, nos termos dos arts. 42, § 2º, e 59, parágrafo único; ambos da Lei nº 8.213. 2. A desconsideração de laudo pericial justifica-se somente diante de significativo contexto probatório, constituído por exames seguramente indicativos da inaptidão para o exercício de atividade laborativa. 3. Não caracterizada a incapacidade para o trabalho, é imprópria a concessão de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez. 4. Os pressupostos para a concessão do auxílio-acidente são: (1) comprovação da ocorrência de acidente de qualquer natureza de que resultem (2) sequelas consolidadas que impliquem (3) redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia o segurado. 5. Ausente redução na capacidade de trabalho, assim como a prova em relação à ocorrência de acidente de qualquer natureza, é imprópria a concessão de auxílio-acidente. 6. Majorados os honorários advocatícios a fim de adequação ao que está disposto no art. 85, § 11, do Código de Processo Civil. (TRF4, AC 5010918-33.2022.4.04.9999, QUINTA TURMA, Relator OSNI CARDOSO FILHO, juntado aos autos em 14/08/2023)

Diante disso, nega-se provimento à apelação.

Honorários advocatícios

Desprovido o recurso interposto pelo autor da sentença de improcedência do pedido, devem os honorários de advogado ser majorados, com o fim de remunerar o trabalho adicional do procurador da parte em segundo grau de jurisdição.

Consideradas as disposições do art. 85, §§ 2º e 3º, do Código de Processo Civil (CPC), majora-se em relação ao valor arbitrado mais 20% para apuração do montante da verba honorária, mantendo-se a inexigibilidade da verba em face da concessão da gratuidade da justiça.

Prequestionamento

O enfrentamento das questões suscitadas em grau recursal, assim como a análise da legislação aplicável, são suficientes para prequestionar junto às instâncias Superiores os dispositivos que as fundamentam. Assim, deixo de aplicar os dispositivos legais ensejadores de pronunciamento jurisdicional distinto do que até aqui foi declinado. Desse modo, evita-se a necessidade de oposição de embargos de declaração tão somente para este fim, o que evidenciaria finalidade procrastinatória do recurso, passível de cominação de multa.

Dispositivo

Em face do que foi dito, voto por negar provimento à apelação, nos termos da fundamentação, majorando-se, de ofício, os honorários advocatícios.



Documento eletrônico assinado por OSNI CARDOSO FILHO, Desembargador Federal, na forma do artigo 1º, inciso III, da Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006 e Resolução TRF 4ª Região nº 17, de 26 de março de 2010. A conferência da autenticidade do documento está disponível no endereço eletrônico http://www.trf4.jus.br/trf4/processos/verifica.php, mediante o preenchimento do código verificador 40004726130v5 e do código CRC 448ae156.Informações adicionais da assinatura:
Signatário (a): OSNI CARDOSO FILHO
Data e Hora: 27/10/2024, às 12:51:33


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Poder Judiciário
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO

Apelação Cível Nº 5010345-04.2023.4.04.7107/RS

RELATOR: Desembargador Federal OSNI CARDOSO FILHO

EMENTA

PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO-ACIDENTE. AUSÊNCIA DE REDUÇÃO NA CAPACIDADE DE TRABALHO. HONORÁRIOS.

1. Os pressupostos para a concessão do auxílio-acidente são: (1) comprovação da ocorrência de acidente de qualquer natureza de que resultem (2) sequelas decorrentes de lesão consolidada que impliquem (3) redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia o segurado.

2. Ausente redução na capacidade de trabalho, é indevida a concessão de auxílio-acidente.

3. Majorados os honorários advocatícios a fim de adequação ao que está disposto no art. 85, § 11, do Código de Processo Civil.

ACÓRDÃO

Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, a Egrégia 5ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região decidiu, por unanimidade, negar provimento à apelação, majorando, de ofício, os honorários advocatícios, nos termos do relatório, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre, 22 de outubro de 2024.



Documento eletrônico assinado por OSNI CARDOSO FILHO, Desembargador Federal, na forma do artigo 1º, inciso III, da Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006 e Resolução TRF 4ª Região nº 17, de 26 de março de 2010. A conferência da autenticidade do documento está disponível no endereço eletrônico http://www.trf4.jus.br/trf4/processos/verifica.php, mediante o preenchimento do código verificador 40004726133v3 e do código CRC 656454fb.Informações adicionais da assinatura:
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Tribunal Regional Federal da 4ª Região

EXTRATO DE ATA DA SESSÃO VIRTUAL DE 15/10/2024 A 22/10/2024

Apelação Cível Nº 5010345-04.2023.4.04.7107/RS

RELATOR: Desembargador Federal OSNI CARDOSO FILHO

PRESIDENTE: Desembargador Federal ALEXANDRE GONÇALVES LIPPEL

PROCURADOR(A): ADRIANA ZAWADA MELO

Certifico que este processo foi incluído na Pauta da Sessão Virtual, realizada no período de 15/10/2024, às 00:00, a 22/10/2024, às 16:00, na sequência 214, disponibilizada no DE de 04/10/2024.

Certifico que a 5ª Turma, ao apreciar os autos do processo em epígrafe, proferiu a seguinte decisão:

A 5ª TURMA DECIDIU, POR UNANIMIDADE, NEGAR PROVIMENTO À APELAÇÃO, MAJORANDO, DE OFÍCIO, OS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.

RELATOR DO ACÓRDÃO: Desembargador Federal OSNI CARDOSO FILHO

Votante: Desembargador Federal OSNI CARDOSO FILHO

Votante: Desembargador Federal ALEXANDRE GONÇALVES LIPPEL

Votante: Desembargador Federal HERMES SIEDLER DA CONCEIÇÃO JÚNIOR

LIDICE PENA THOMAZ

Secretária



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