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DIREITO PREVIDENCIÁRIO. TEMPO ESPECIAL. AGENTES NOCIVOS. RUÍDO. FRIO. HIDROCARBONETOS. RECONHECIMENTO. APOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIÇO/CONTRIBUIÇÃO. CO...

Data da publicação: 02/07/2020, 04:17:19

EMENTA: DIREITO PREVIDENCIÁRIO. TEMPO ESPECIAL. AGENTES NOCIVOS. RUÍDO. FRIO. HIDROCARBONETOS. RECONHECIMENTO. APOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIÇO/CONTRIBUIÇÃO. CONCESSÃO. CABIMENTO. CONSECTÁRIOS DA CONDENAÇÃO. CORREÇÃO MONETÁRIA. ADEQUAÇÃO. ANTECIPAÇÃO DE TUTELA. MANUTENÇÃO. 1. Comprovada a exposição do segurado a agente nocivo, na forma exigida pela legislação previdenciária aplicável à espécie, possível reconhecer-se a especialidade da atividade laboral por ele exercida. 2. O reconhecimento da atividade especial em razão da exposição ao agente físico ruído deve se adequar aos estritos parâmetros legais vigentes em cada época (RESP 1333511 - Castro Meira, e RESP 1381498 - Mauro Campbell). 3. A exposição a níveis de ruído acima dos limites de tolerância estabelecidos na legislação pertinente à matéria sempre caracteriza a atividade como especial, independentemente da utilização ou não de equipamentos de proteção e de menção, em laudo pericial, à neutralização de seus efeitos nocivos. 4. Os riscos ocupacionais gerados pela exposição a agentes químicos, especialmente hidrocarbonetos, não requerem a análise quantitativa de concentração ou intensidade máxima e mínima no ambiente de trabalho, dado que são caracterizados pela avaliação qualitativa. 5. A exposição ao frio abaixo dos limites de tolerância é prejudicial à saúde, ensejando o reconhecimento do tempo de serviço como especial. 6. Os equipamentos de proteção individual não são suficientes, por si só, para descaracterizar a especialidade da atividade desempenhada pelo segurado, devendo cada caso ser apreciado em suas particularidades. 7. Comprovado o tempo de serviço/contribuição suficiente e implementada a carência mínima, é devida a aposentadoria por tempo de serviço/contribuição, a contar da data de entrada do requerimento administrativo, nos termos dos artigos 54 e 49, inciso II, da Lei 8.213/1991, bem como efetuar o pagamento das parcelas vencidas desde então. 8. O Supremo Tribunal Federal reconheceu repercussão geral à questão da constitucionalidade do uso da Taxa Referencial (TR) e dos juros da caderneta de poupança para o cálculo da correção monetária e dos ônus de mora nas dívidas da Fazenda Pública, e vem determinando, por meio de sucessivas reclamações, e até que sobrevenha decisão específica, a manutenção da aplicação da Lei 11.960/2009 para este fim, ressalvando apenas os débitos já inscritos em precatório, cuja atualização deverá observar o decidido nas ADIs 4.357 e 4.425 e respectiva modulação de efeitos. 9. Com o propósito de manter coerência com as recentes decisões, deverão ser adotados, no presente momento, os critérios de atualização e de juros estabelecidos no 1º-F da Lei 9.494/1997, na redação dada pela Lei 11.960/2009, sem prejuízo de que se observe, quando da liquidação, o que vier a ser decidido, com efeitos expansivos, pelo Supremo Tribunal Federal. 10. Mantida a antecipação de tutela deferida na sentença. (TRF4, APELREEX 5007948-44.2011.4.04.7122, SEXTA TURMA, Relator OSNI CARDOSO FILHO, juntado aos autos em 13/04/2016)


APELAÇÃO/REEXAME NECESSÁRIO Nº 5007948-44.2011.4.04.7122/RS
RELATOR
:
OSNI CARDOSO FILHO
APELANTE
:
INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
APELADO
:
ODOPIO DOS SANTOS PEREIRA
ADVOGADO
:
MARCIO ZAMBELLI DA SILVA
EMENTA
DIREITO PREVIDENCIÁRIO. TEMPO ESPECIAL. AGENTES NOCIVOS. RUÍDO. FRIO. HIDROCARBONETOS. RECONHECIMENTO. APOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIÇO/CONTRIBUIÇÃO. CONCESSÃO. CABIMENTO. CONSECTÁRIOS DA CONDENAÇÃO. CORREÇÃO MONETÁRIA. ADEQUAÇÃO. ANTECIPAÇÃO DE TUTELA. MANUTENÇÃO.
1. Comprovada a exposição do segurado a agente nocivo, na forma exigida pela legislação previdenciária aplicável à espécie, possível reconhecer-se a especialidade da atividade laboral por ele exercida.
2. O reconhecimento da atividade especial em razão da exposição ao agente físico ruído deve se adequar aos estritos parâmetros legais vigentes em cada época (RESP 1333511 - Castro Meira, e RESP 1381498 - Mauro Campbell).
3. A exposição a níveis de ruído acima dos limites de tolerância estabelecidos na legislação pertinente à matéria sempre caracteriza a atividade como especial, independentemente da utilização ou não de equipamentos de proteção e de menção, em laudo pericial, à neutralização de seus efeitos nocivos.
4. Os riscos ocupacionais gerados pela exposição a agentes químicos, especialmente hidrocarbonetos, não requerem a análise quantitativa de concentração ou intensidade máxima e mínima no ambiente de trabalho, dado que são caracterizados pela avaliação qualitativa.
5. A exposição ao frio abaixo dos limites de tolerância é prejudicial à saúde, ensejando o reconhecimento do tempo de serviço como especial.
6. Os equipamentos de proteção individual não são suficientes, por si só, para descaracterizar a especialidade da atividade desempenhada pelo segurado, devendo cada caso ser apreciado em suas particularidades.
7. Comprovado o tempo de serviço/contribuição suficiente e implementada a carência mínima, é devida a aposentadoria por tempo de serviço/contribuição, a contar da data de entrada do requerimento administrativo, nos termos dos artigos 54 e 49, inciso II, da Lei 8.213/1991, bem como efetuar o pagamento das parcelas vencidas desde então.
8. O Supremo Tribunal Federal reconheceu repercussão geral à questão da constitucionalidade do uso da Taxa Referencial (TR) e dos juros da caderneta de poupança para o cálculo da correção monetária e dos ônus de mora nas dívidas da Fazenda Pública, e vem determinando, por meio de sucessivas reclamações, e até que sobrevenha decisão específica, a manutenção da aplicação da Lei 11.960/2009 para este fim, ressalvando apenas os débitos já inscritos em precatório, cuja atualização deverá observar o decidido nas ADIs 4.357 e 4.425 e respectiva modulação de efeitos.
9. Com o propósito de manter coerência com as recentes decisões, deverão ser adotados, no presente momento, os critérios de atualização e de juros estabelecidos no 1º-F da Lei 9.494/1997, na redação dada pela Lei 11.960/2009, sem prejuízo de que se observe, quando da liquidação, o que vier a ser decidido, com efeitos expansivos, pelo Supremo Tribunal Federal.
10. Mantida a antecipação de tutela deferida na sentença.
ACÓRDÃO
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide a Egrégia 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, dar parcial provimento ao apelo do INSS e à remessa oficial, mantida a antecipação de tutela deferida na sentença, nos termos do relatório, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.
Porto Alegre (RS), 13 de abril de 2016.
Juiz Federal OSNI CARDOSO FILHO
Relator


Documento eletrônico assinado por Juiz Federal OSNI CARDOSO FILHO, Relator, na forma do artigo 1º, inciso III, da Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006 e Resolução TRF 4ª Região nº 17, de 26 de março de 2010. A conferência da autenticidade do documento está disponível no endereço eletrônico http://www.trf4.jus.br/trf4/processos/verifica.php, mediante o preenchimento do código verificador 8199842v5 e, se solicitado, do código CRC C989268C.
Informações adicionais da assinatura:
Signatário (a): Osni Cardoso Filho
Data e Hora: 13/04/2016 17:34




APELAÇÃO/REEXAME NECESSÁRIO Nº 5007948-44.2011.4.04.7122/RS
RELATOR
:
OSNI CARDOSO FILHO
APELANTE
:
INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
APELADO
:
ODOPIO DOS SANTOS PEREIRA
ADVOGADO
:
MARCIO ZAMBELLI DA SILVA
RELATÓRIO
Odopio dos Santos Pereira propôs ação ordinária contra o Instituto Nacional de Seguro Social - INSS, postulando a concessão de aposentadoria por tempo de serviço/contribuição, mediante o reconhecimento do exercício de atividade em condições especiais nos períodos de 8/3/1985 a 26/11/1990, 4/8/1992 a 3/2/1999, 3/5/2000 a 19/9/2000, 22/9/2000 a 2/4/2001, 2/8/2001 a 15/4/2002, 2/5/2002 a 31/12/2003 e de 1/1/2004 a 28/11/2009.
Proferida a sentença (evento 31), em preliminar foi decidido pela desnecessidade de perícia técnica, e, no mérito foi julgada parcialmente procedente a ação para conceder ao autor aposentadoria integral por tempo de contribuição, considerando 36 anos, 6 meses e 28 dias de tempo de contribuição. Inconformada a parte autora apresentou recurso de apelação (evento 36) defendendo a necessidade de anulação da sentença e reabertura da instrução processual, para fins de produção de prova pericial.
Neste Tribunal, em sessão realizada em 22/9/2014 (evento 6), esta Sexta Turma houve por bem anular a sentença e determinar o retorno dos autos à origem com o fim de que fosse reaberta a fase instrutória para produção de perícia técnica nas empresas Hércules, Dana Albarus, Maxiforja e Forjas Taurus ou, na impossibilidade, em estabelecimento similar.
Na origem foi concedida antecipação de tutela (evento 44), implantado o benefício (evento 56), realizadas as perícias técnicas (evento 84) e proferida nova sentença (evento 92) nos seguintes termos:
Em face do exposto, julgo procedente em parte o pedido, extinguindo o feito com resolução de mérito (artigo 269, I, do CPC), para determinar ao INSS que:

a) Reconheça a especialidade dos seguintes períodos trabalhados, convertendo-os em tempo comum pela utilização do fator 1,4:

Data inicial
Data FinalFatorTempoAcréscimo decorrente da conversão por 1,408/03/198530/06/19881,003 anos, 3 meses e 23 dias1 ano, 3 meses e 27 dias01/07/198826/11/19901,002 anos, 4 meses e 26 dias11 meses e 16 dias04/08/199203/02/19991,006 anos, 6 meses e 0 dia2 anos, 7 meses e 6 dias05/05/200019/09/20001,000 ano, 4 meses e 15 dias1 mês e 24 dias02/08/200115/04/20021,000 ano, 8 meses e 14 dias3 meses e 12 dias02/05/200216/06/20101,008 anos, 1 mês e 15 dias3 anos e 3 meses
b) Conceda à parte autora o benefício de aposentadoria por tempo de contribuição a contar do requerimento administrativo em 16/06/2010;

c) implante, administrativamente, no prazo de 20 (vinte) dias a contar da intimação desta sentença, a renda mensal do benefício da parte-autora em vista da antecipação de tutela deferida, com DIP no primeiro dia do mês corrente; em caso de inobservância, fixo a multa diária no valor de R$ 100,00 (cem reais), nos termos do art. 461, § 4º, do CPC.

d) pague à parte-autora os valores em atraso (atentando-se para os valores já pagos a título de antecipação), sobre os quais haverá a incidência do INPC/IBGE (em vista da declaração de parcial inconstitucionalidade, por arrastamento, do artigo 1º-F da Lei 9.494/97, com a redação que lhe foi dada pela Lei 11.960/09, pelo Supremo Tribunal Federal nas ADIs 4.357 e 4.425, afastando-se, assim, a incidência da Taxa Referencial - TR), bem como de juros de mora calculados com base no índice oficial de remuneração básica e juros aplicados à caderneta de poupança (REsp. 1.205.946/SP, julgado pela sistemática dos recursos repetitivos pelo Superior Tribunal de Justiça).

Tendo em conta que o autor decaiu em parte mínima do pedido, cCondeno o réu ao pagamento de honorários advocatícios, que fixo em 10% a incidir sobre as parcelas vencidas até a prolação da sentença, nos termos da súmula 111 do STJ, a serem corrigidos, desde a presente data, pelo INPC, considerando para tanto os critérios elencados nas alíneas do art. 20, §3°, do Código de Processo Civil.
Inconformada, a autarquia previdenciária apresentou recurso de apelação (evento 106) aduzindo, em síntese, a impossibilidade de reconhecimento da especialidade das atividades exercidas nos períodos deferidos na sentença ante a ausência de preenchimento dos requisitos fundamentais para o enquadramento da atividade como especial; a impossibilidade de utilização de laudos periciais por similaridade; a utilização de equipamentos de proteção individual eficazes e a necessidade de especificação qualitativa dos agentes químicos. Referiu ainda, que mesmo que se comprove o exercício de atividade especial, o enquadramento somente pode ocorrer com relação aos períodos de tempo de serviço/contribuição efetivamente averbados pelo INSS e requeridos especificamente pela parte autora. Finalizou defendendo, em caso de manutenção da sentença, a necessidade de modificação dos índices de correção monetária e juros de mora aplicados, visando à garantia de incidência do artigo 1º-F da Lei 9.494/1997, com redação dada pela Lei 11.960/2009; bem como o afastamento da multa diária fixada e, caso assim não se entenda, seja dilatado o prazo para o seu cumprimento em período não inferior a 45 dias.
Foram apresentadas as contrarrazões ao recurso do INSS (evento 115) e foi proferido despacho (evento 117) afastando a incidência da multa diária fixada anteriormente, frente ao cumprimento do julgado (evento 56).
Nestes termos, vieram os autos a este Tribunal para julgamento, inclusive, por força do reexame necessário.
VOTO
Nos termos do artigo 1.046 do Código de Processo Civil (CPC), em vigor desde 18 de março de 2016, com a redação que lhe deu a Lei 13.105, de 16 de março de 2015, suas disposições se aplicarão desde logo aos processos pendentes, ficando revogada a Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973.
Com as ressalvas feitas nas disposições seguintes a este artigo 1.046 do CPC, compreende-se que não terá aplicação a nova legislação para retroativamente atingir atos processuais já praticados nos processos em curso e as situações jurídicas consolidadas sob a vigência da norma revogada, conforme expressamente estabelece seu artigo 14.

Remessa Oficial
Em relação à remessa oficial, o Superior Tribunal de Justiça, por sua Corte Especial (EREsp. 934.642/PR, Relator Ministro Ari Pargendler, julgado em 30/6/2009; EREsp. 701.306/RS, Relator Ministro Fernando Gonçalves, julgado em 7/4/2010; EREsp. 600.596/RS, Relator Ministro Teori Zavascki, julgado em 4/11/2009), prestigiou a corrente jurisprudencial que sustenta não ser aplicável a exceção contida no artigo 475, §2°, primeira parte, do Código de Processo Civil de 1973, aos recursos dirigidos contra sentenças, proferidas na vigência daquele código, que sejam (a) ilíquidas, (b) relativas a relações litigiosas sem natureza econômica, (c) declaratórias e (d) constitutivas/desconstitutivas, insuscetíveis de produzir condenação certa ou de definir objeto litigioso de valor certo (v.g., REsp. 651.929/RS).
Assim, em matéria previdenciária, as sentenças proferidas contra o Instituto Nacional do Seguro Social só não estarão sujeitas ao duplo grau obrigatório se a condenação for de valor certo (líquido) inferior a sessenta salários mínimos.
Não sendo esse o caso dos autos, conheço da remessa oficial.
Atividade Especial
O reconhecimento da especialidade obedece à disciplina legal vigente à época em que a atividade foi exercida, passando a integrar, como direito adquirido, o patrimônio jurídico do trabalhador. Desse modo, uma vez prestado o serviço sob a vigência de certa legislação, o segurado adquire o direito à contagem na forma estabelecida, bem como à comprovação das condições de trabalho como então exigido, não se aplicando retroativamente lei nova que venha a estabelecer restrições à admissão do tempo de serviço especial.
Nesse sentido, aliás, é a orientação adotada pela Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça (AR 3320/PR, Relatora Ministra Maria Thereza de Assis Moura, DJe de 24/9/2008; EREsp 345554/PB, Relator Ministro José Arnaldo da Fonseca, DJ de 8/3/2004; AGREsp 493.458/RS, Quinta Turma, Relator Ministro Gilson Dipp, DJU de 23/6/2003; e REsp 491.338/RS, Sexta Turma, Relator Ministro Hamilton Carvalhido, DJU de 23/6/2003) e pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (EINF 2005.71.00.031824-5/RS, Terceira Seção, Luís Alberto D'Azevedo Aurvalle, D.E. de 18/11/2009; APELREEX 0000867-68.2010.404.9999/RS, Sexta Turma, Relator Desembargador Federal Celso Kipper, D.E. de 30/3/2010; APELREEX 0001126-86.2008.404.7201/SC, Sexta Turma, Relator Desembargador Federal João Batista Pinto Silveira, D.E. de 17/3/2010; APELREEX 2007.71.00.033522-7/RS; Quinta Turma, Relator Desembargador Federal Fernando Quadros da Silva, D.E. de 25/1/2010).
Feitas estas observações e tendo em vista a sucessão de leis que trataram a matéria diversamente, é necessário inicialmente definir qual a que deve ser aplicada ao caso concreto, ou seja, qual a que se encontrava em vigor no momento em que a atividade foi prestada pelo segurado.
Tem-se, então, a seguinte evolução legislativa quanto ao tema:
a) até 28 de abril de 1995, quando esteve vigente a Lei 3.807/1960 (LOPS) e suas alterações e, posteriormente, a Lei 8.213/1991 (LBPS), em sua redação original (artigos 57 e 58), era possível o reconhecimento da especialidade do trabalho mediante a comprovação do exercício de atividade prevista como especial nos decretos regulamentadores e/ou na legislação especial ou, ainda, quando demonstrada a sujeição do segurado a agentes nocivos por qualquer meio de prova, exceto para os agentes nocivos ruído e calor (STJ, AgRg no REsp 941885/SP, Quinta Turma, Relator Ministro Jorge Mussi, DJe de 4/8/2008; e STJ, REsp 639066/RJ, Quinta Turma, Relator Ministro Arnaldo Esteves Lima, DJ de 7/11/2005), quando então se fazia indispensável a mensuração de seus níveis por meio de perícia técnica, documentada nos autos ou informada em formulário emitido pela empresa, a fim de verificar a nocividade dos agentes envolvidos;
b) a partir de 29 de abril de 1995, inclusive, foi definitivamente extinto o enquadramento por categoria profissional - à exceção das atividades a que se refere a Lei 5.527/1968, cujo enquadramento por categoria deve ser feito até 13/10/1996, data imediatamente anterior à publicação da Medida Provisória 1.523, de 14/10/1996, que a revogou expressamente - de modo que, para o intervalo compreendido entre 29/4/1995 (ou 14/10/1996) e 5/3/1997, em que vigentes as alterações introduzidas pela Lei 9.032/1995 no artigo 57 da LBPS, torna-se necessária a demonstração efetiva de exposição, de forma permanente, não ocasional nem intermitente, a agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física, por qualquer meio de prova, considerando-se suficiente, para tanto, a apresentação de formulário-padrão preenchido pela empresa, sem a exigência de embasamento em laudo técnico, ressalvados os agentes nocivos ruído e calor, em relação aos quais é imprescindível a realização de perícia técnica, conforme visto acima;
c) a partir de 6 de março de 1997, data da entrada em vigor do Decreto 2.172/1997, que regulamentou as disposições introduzidas no artigo 58 da LBPS pela Medida Provisória 1.523/1996 (convertida na Lei 9.528/1997), passou-se a exigir, para fins de reconhecimento de tempo de serviço especial, a comprovação da efetiva sujeição do segurado a agentes agressivos por meio da apresentação de formulário-padrão, embasado em laudo técnico, ou por meio de perícia técnica.
A respeito da possibilidade de conversão do tempo especial em comum, o Superior Tribunal de Justiça, ao julgar o Recurso Especial Repetitivo 1.151.363, do qual foi Relator o Ministro Jorge Mussi, assim decidiu, admitindo-a mesmo após 28 de maio de 1998:
PREVIDENCIÁRIO. RECONHECIMENTO DE ATIVIDADE ESPECIAL APÓS 1998. MP N. 1.663-14, CONVERTIDA NA LEI N. 9.711/1998 SEM REVOGAÇÃO DA REGRA DE CONVERSÃO.
1. Permanece a possibilidade de conversão do tempo de serviço exercido em atividades especiais para comum após 1998, pois a partir da última reedição da MP n. 1.663, parcialmente convertida na Lei 9.711/1998, a norma tornou-se definitiva sem a parte do texto que revogava o referido § 5º do art. 57 da Lei n. 8.213/91.
2. Precedentes do STF e do STJ.
Assim, considerando que o artigo 57, §5º, da Lei 8.213/1991 não foi revogado, nem expressa, nem tacitamente, pela Lei 9.711/1998 e que, por disposição constitucional (artigo 15 da Emenda Constitucional 20, de 15/12/1998), permanecem em vigor os artigos 57 e 58 da Lei de Benefícios até que a lei complementar a que se refere o artigo 201, §1º, da Constituição Federal, seja publicada, é possível a conversão de tempo de serviço especial em comum inclusive após 28 de maio de 1998.
Observo, ainda, quanto ao enquadramento das categorias profissionais, que devem ser considerados os Decretos 53.831/1964 (Quadro Anexo - 2ª parte), 72.771/1973 (Quadro II do Anexo) e 83.080/1979 (Anexo II) até 28/4/1995, data da extinção do reconhecimento da atividade especial por presunção legal, ressalvadas as exceções acima mencionadas. Já para o enquadramento dos agentes nocivos, devem ser considerados os Decretos 53.831/1964 (Quadro Anexo - 1ª parte), 72.771/1973 (Quadro I do Anexo) e 83.080/1979 (Anexo I) até 5/3/1997, e os Decretos 2.172/1997 (Anexo IV) e 3.048/1999 a partir de 6/3/1997, ressalvado o agente nocivo ruído, ao qual se aplica também o Decreto 4.882/2003. Além dessas hipóteses de enquadramento, sempre possível também a verificação da especialidade da atividade no caso concreto, por meio de perícia técnica, nos termos da Súmula 198 do extinto Tribunal Federal de Recursos (STJ, AGRESP 228832/SC, Relator Ministro Hamilton Carvalhido, Sexta Turma, DJU de 30/6/2003).
Na sentença assim foi decidido:

Período:
08/03/1985 a 30/06/1988 e de 01/07/1988 a 26/11/1990
Empresa:Hércules S.A., Fábrica de Talheres - Mundial S.A. - Produtos de Consumo
Atividade:Auxiliar Serv. Alimentação; Aprendiz Fresador; Meio Oficial Fresador
Agentes agressivos:Ruído e Frio
Enquadramento legal:Códigos 1.1.2 e 1.1.6 do Anexo ao Decreto 53.831/64.
Provas:
DSS (Evento 1, PROCADM7, Página 18), PPP (Evento 28, OUT7); LTCAT (Evento 28, LAU8 e LAU9) e Laudo Técnico Pericial (Evento 84, LAU1)
Conclusão:
Conforme o laudo técnico pericial que avaliou o período de 08/03/1985 a 30/06/1988:
"Restando a dose calculada em 0,57, conclui-se que o Autor esteve exposto ao agente físico ruído com dose de ruído superior a 80dB(A), mas inferior a 85dB(A). Estando acima dos limites de tolerância na vigência do Decreto nº 53.831/64, de acordo com o Quadro Anexo, código 1.1.6 Ruído, não estando acima dos limites de tolerância na vigência do Decreto nº 83.080/79, de acordo com o Anexo I, código 1.1.5 Ruído."
"O Autor esteve exposto ao frio de maneira intermitente. A legislação utilizada foi o Decreto nº 53.831/64, de acordo com o Quadro Anexo, código 1.1.2 Frio e Decreto nº 83.080/79, Anexo I, código 1.1.2 Frio."
"Em 1,5 horas diárias o Autor lavava as bandejas, caracterizando a intermitência à exposição aos álcalis cáusticos."
Restou devidamente comprovado nos autos o exercício de atividade especial pela parte autora no período antes indicado, conforme a legislação aplicável à espécie, em virtude da exposição habitual e permanente a ruído excessivo. Quanto a tais conclusões, cumpre ressaltar que o Decreto 53.831/64 considerava insalubre a jornada de trabalho desenvolvida em ambiente com ruídos acima de 80 decibéis, sendo que a partir do Decreto 83.080/79 passou-se a considerar nociva somente a exposição permanente a ruído acima de 90 decibéis. Contudo, o art. 152 da Lei 8.213/91, atualmente revogado, manteve em vigor as listas de agentes nocivos à saúde da legislação anterior, vale dizer, os Decretos nºs 53.831/64 e 83.080/79, até que integralmente regulamentados os seus artigos 57 e 58, o que se deu por meio do Decreto 2.172/97. Assim, à vista da convivência concomitante dessas duas normas passou a ser adotado o limite menor do ruído, para toda atividade prestada até o Decreto 2.172/97, porquanto mais favorável ao segurado. Entendo, ainda, que as conclusões do perito são suficientes para análise do período, sendo dispensável a resposta ao quesito complementar apresentado no evento 90. Ademais, foi levado em consideração todas as fontes de ruído existentes no local de trabalho do autor, e o período foi reconhecido como especial em decorrência das conclusões do perito nomeado.
Também deve ser reconhecida a especialidade em decorrência da exposição ao frio, que embora intermitente, o laudo constatou a nocividade em decorrência da exposição.
Todavia, quanto ao álcalis cáusticos existentes nos sabões para higienização das bandejas, entendo não ser possível o reconhecimento da especialidade. Além do aspecto eventual da exposição, os produtos de limpeza utilizados, possuem, em sua composição, agentes químicos em pequena concentração, tanto que são produtos de utilização doméstica e ampla comercialização, não expondo o trabalhador a condições prejudiciais a sua saúde. Assim, tenho que, no caso, inexiste qualquer aspecto nocivo na composição de tais substâncias.
Período de 01/07/1988 a 26/11/1990: Conforme PPP, o autor laborava no setor de Ferramentaria, exposto a ruído de 88,31 dB(A), o que leva ao reconhecimento da especialidade conforme fundamentado acima. Saliento que há indício que tal período havia sido reconhecido como especial na esfera administrativa (Evento 1, FORM5, Página 1), todavia não foi contabilizado como tal nos Resumos de Documentos para Cálculo do Tempo de contribuição, o que leva ao entendimento que aquele reconhecimento não se concretizou.
Período:
04/08/1992 a 28/02/1993 e de 01/03/1993 a 03/02/1999
Empresa:Dana Albarus S/A Industria e Comércio (Atual GKN)
Atividade:Auxiliar de Fábrica e Operador de Máquinas
Agentes agressivos:Ruído e Hidrocarbonetos
Enquadramento legal:Código 1.1.6 e 1.2.11 do Anexo ao Decreto 53.831/64.Código 2.0.1 e 1.0.19 do Anexo ao Decreto 2.172/97.
Provas:
PPP (Evento 1, PROCADM7, Página 19) e Laudo Técnico Pericial (Evento 84, LAU3)
Conclusão:
Segundo o PPP a média de ruído do setor do autor restou fixada em 86,4 dB(A). Todavia, as conclusões do laudo técnico pericial foram de que:
"Período de 04/08/92 a 28/02/93: neste período a medição do ruído restou em 90,6 dB(A). Assim, o Autor esteve exposto ao agente físico ruído acima dos limites de tolerância. A legislação utilizada foi o Decreto nº 53.831/64, Quadro Anexo, código 1.1.6 Ruído, com Decreto nº 83.080/79, Anexo I, código 1.1.5 Ruído."
"Período de 01/03/93 a 03/02/99: neste período a medição do ruído restou em 93,2 dB(A). Assim, o Autor esteve exposto ao agente físico ruído acima dos limites de tolerância. A legislação utilizada foi o Decreto nº 53.831/64, Quadro Anexo, código 1.1.6 Ruído, com Decreto nº 83.080/79, Anexo I, código 1.1.5 Ruído e no Decreto n° 2.172/97, Anexo IV, código 2.1.0 Ruído."
No caso, o STJ ao julgar o Incidente de Uniformização (Petição n.º 9.059), passou a adotar o seguinte entendimento "A contagem do tempo de serviço de forma mais favorável àquele que esteve submetido a condições prejudiciais à saúde deve obedecer a lei vigente na época em que o trabalhador esteve exposto ao agente nocivo, na caso o ruído. Assim, na vigência do Decreto n.º 2.172, de 05 e março de 1997, o nível de ruído a caracterizar o direito à contagem do tempo de trabalho como especial deve ser superior a 90 decibéis, só sendo admitida a redução para 85 decibéis após a entrada em vigor do Decreto 4.882, de 18 de novembro de 2003" (Rel. Min. Benedito Gonçalves, Pet. 9059, julg. 28/08/2013). Dessa forma, restou demonstrada a atividade especial em decorrência da exposição ao ruído.
Outrossim, deve também ser reconhecida a especialidade em decorrência da exposição aos hidrocarbonetos, diante das conclusões abaixo e da ausência de comprovação do uso de EPI:
"Assim, o Autor esteve exposto ao agente químico hidrocarbonetos. A exposição dava-se pelo contato cutâneo das mãos com o óleo mineral.
O Autor esteve exposto ao agente químico hidrocarbonetos de maneira habitual e permanente, não ocasional e nem intermitente. A legislação utilizada foi o Decreto nº 53.831/64, Quadro Anexo, código 1.2.11 Tóxicos orgânicos, Decreto nº 83.080/79, Anexo I, código 1.2.10 Hidrocarbonetos e outros compostos de carbono, Decreto n° 2.172/97, Anexo IV, código 1.0.19 Outra substâncias químicas."
Período:
05/05/2000 a 19/09/2000
Empresa:Maxiforja Componentes Automotivos Ltda.
Atividade:Operador de Máquinas de Usinagem
Agentes agressivos:Hidrocarbonetos
Enquadramento legal:Código 1.0.19 do Anexo IV ao Decreto 3.048/99.
Provas:
PPP (Evento 28, OUT10) e Laudo Técnico Pericial (Evento 84, LAU4)
Conclusão:
Conforme PPP, o autor esteve exposto a ruído médio de 88,6 dB(A) e o o laudo técnico pericial fixou a média de ruído em 80,6 dB(A), o que impede o reconhecimento da especialidade em decorrência da exposição a tal agente nocivo.
Todavia, concluiu o perito que o autor mantinha contato cutâneo com óleo mineral utilizado como refrigerante das ferramentas e que não há como afirmar a real atenuação ou indicação do EPI efetivamente utilizado. Dessa forma, a conclusão de que "O Autor esteve exposto ao agente químico hidrocarbonetos de maneira habitual e permanente, não ocasional e nem intermitente. A legislação utilizada foi o Decreto 3048/99, Anexo IV, código 1.0.19 Outra substâncias químicas." leva ao reconhecimento da especialidade no período postulado.
Período:
22/09/2000 a 02/04/2001, 02/05/2002 a 31/12/2003 e de 01/01/2004 a 28/11/2009
Empresa:Forjas Taurus S.A.
Atividade:Fresador I (22/09/2000 a 02/04/2001); Afiador (02/05/2002 a 31/12/2003); Ferramenteiro (01/01/2004 a 28/11/2009)
Agentes agressivos:Ruído e Hidrocarbonetos
Enquadramento legal:
Códigos 2.0.1 e 1.0.19 do Anexo IV ao Decreto 3.048/99, com as modificações do Decreto n.º 4.882/03.
Provas:
DIRBEN -8030 (Evento 1, FORM5, Páginas 3 e 4), PPP (Evento 1, FORM5, Páginas 5/6), LTCAT (Evento 28, LAU3 a LAU6) e Laudo Técnico Pericial (Evento 84, LAU2)
Conclusão:
Foi realizada perícia técnica para avaliação dos períodos de 22/09/2000 a 02/04/2001 e de 02/05/2002 a 31/12/2003, os quais tiveram seus formulários e laudos apresentados impugnados. As conclusões do perito foram de que:
"No período de 02/05/2002 a 31/12/2003, o Autor esteve exposto ao agente físico ruído com médias oscilando entre 85,1 e 85,8. Estando acima dos limites de tolerância na vigência do Decreto nº 4.882/03, não estando acima dos limites de tolerância na vigência do Decreto nº 3048/99. No período de 02/05/2002 a 31/12/2003, o Autor esteve exposto ao agente químico hidrocarbonetos de maneira habitual e permanente, não ocasional e nem intermitente. A legislação utilizada foi o Decreto 3048/99, Anexo IV, código 1.0.19 Outra substâncias químicas. No período restante, não há indícios da exposição do Autor aos agentes biológicos e químicos e tão pouco ao agente físico acima dos limites de tolerância. Na vigência da legislação."
Dessa forma, os formulários e levantamento de riscos fornecidos pela empresa e o laudo da perícia técnica realizada por determinação deste juízo confirmam que não houve exposição a qualquer agente nocivo no período de 22/09/2000 a 02/04/2001, restando afastada a especialidade postulada.
Por outro lado, restou comprovada a especialidade do período de 02/05/2002 a 31/12/2003 em razão da exposição habitual e permanente a hidrocarbonetos sem que a empresa comprovasse o uso efetivo de EPIs aptos a afastar a nocividade - embora tenha o autor referido que fazia uso de creme protetivo, luvas e óculos, a empresa comprovou a entrega de tais EPIs somente após 2007. Também, há exposição a ruído acima dos limites de tolerância vigentes a contar de 18/11/2003 (Decreto 4.882/03).
Quanto ao período de 01/01/2004 a 28/11/2009, consta no PPP, que o autor esteve exposto a pressão sonora equivalente a 91,09 dB(A) de 01/01/2004 a 30/09/2006, 87,49 dB(A) de 01/10/2006 a 29/02/2008, e de 85,43 dB(A) de 01/03/2008 a 28/11/2009, portanto acima do limite de tolerância de 85 dB(A), merecendo o reconhecimento da especialidade.
No caso, o STJ ao julgar o Incidente de Uniformização (Petição n.º 9.059), passou a adotar o seguinte entendimento "A contagem do tempo de serviço de forma mais favorável àquele que esteve submetido a condições prejudiciais à saúde deve obedecer a lei vigente na época em que o trabalhador esteve exposto ao agente nocivo, na caso o ruído. Assim, na vigência do Decreto n.º 2.172, de 05 e março de 1997, o nível de ruído a caracterizar o direito à contagem do tempo de trabalho como especial deve ser superior a 90 decibéis, só sendo admitida a redução para 85 decibéis após a entrada em vigor do Decreto 4.882, de 18 de novembro de 2003" (Rel. Min. Benedito Gonçalves, Pet. 9059, julg. 28/08/2013).
Com relação aos efeitos do uso de equipamentos de proteção, filio-me ao entendimento do STF, segundo o qual, para a configuração da especialidade da atividade por exposição ao agente nocivo ruído excessivo, não é considerado o uso de EPIs, conforme excerto que ora transcrevo: "O direito à aposentadoria especial pressupõe a efetiva exposição do trabalhador a agente nocivo à sua saúde, de modo que, se o Equipamento de Proteção Individual (EPI) for realmente capaz de neutralizar a nocividade, não haverá respaldo constitucional à concessão de aposentadoria especial. Ademais - no que se refere a EPI destinado a proteção contra ruído -, na hipótese de exposição do trabalhador a ruído acima dos limites legais de tolerância, a declaração do empregador, no âmbito do Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP), no sentido da eficácia do EPI, não descaracteriza o tempo de serviço especial para a aposentadoria." (STF. Informativo nº 770. ARE 664335/SC. Relator(a): Min. LUIZ FUX, 4.12.2014).
Período:
02/08/2001 a 15/04/2002
Empresa:Parker Hannifin Ind. Com. Ltda.
Atividade:Operador de Máquina de Produção III
Agentes agressivos:Ruído
Enquadramento legal:Código 2.0.1 do Anexo IV ao Decreto 3.048/99.
Provas:
PPP (Evento 14, PROCADM3, Páginas 8/9) e LTCAT (Evento 28, LAU11)
Conclusão:
Conforme o PPP, o autor durante toda a contratualidade esteve exposta a ruído médio de 91,4 dB(A), de forma habitual e permanente. Dessa forma, restou devidamente comprovado nos autos o exercício de atividade especial pela parte-autora no período indicado, conforme a legislação aplicável à espécie, em virtude da exposição habitual e permanente a ruído excessivo - acima de 90 dB(A).

Quanto ao agente nocivo ruído adota-se o entendimento pacífico do Superior Tribunal de Justiça, no sentido de limitar o reconhecimento da atividade especial os estritos parâmetros legais vigentes em cada época (RESP 1333511 - Castro Meira, e RESP 1381498 - Mauro Campbell), de modo que é tida por especial a atividade exercida com exposição a ruídos superiores a 80 decibéis até a edição do Decreto 2.172/1997. Após essa data, o nível de ruído considerado prejudicial é o superior a 90 decibéis. Com a entrada em vigor do Decreto 4.882, em 18/11/2003, o limite de tolerância ao agente físico ruído foi reduzido para 85 decibéis (AgRg no REsp 1367806, Relator Ministro Herman Benjamin, Segunda Turma, vu 28/5/2013), desde que aferidos esses níveis de pressão sonora por meio de perícia técnica, trazida aos autos ou noticiada no preenchimento de formulário expedido pelo empregador.
Quanto à exposição aos agentes químicos, especialmente hidrocarbonetos, o entendimento consolidado é no sentido de que os riscos ocupacionais por eles gerados não requerem a análise quantitativa de sua concentração ou intensidade máxima e mínima no ambiente de trabalho, dado que são caracterizados pela avaliação qualitativa.
A exposição ao frio, abaixo dos limites de tolerância, é prejudicial à saúde, ensejando o reconhecimento do tempo de serviço como especial. Destaco, inclusive, que é possível o reconhecimento da especialidade por exposição a esse agente, ainda que não inscrito em regulamento, com base na Súmula 198 do TFR, quando a perícia constatar que a atividade exercida é perigosa, insalubre ou penosa, o que restou evidenciado no caso dos autos. Nesse sentido, veja-se o seguinte precedente desta Turma:

PREVIDENCIÁRIO. CONCESSÃO DE BENEFÍCIO. DECADÊNCIA. APOSENTADORIA ESPECIAL. ATIVIDADE ESPECIAL. AGENTES NOCIVOS RUÍDO E UMIDADE. SÚMULA 198 DO TFR. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL.
(...)
6. Possível o reconhecimento da especialidade em virtude da exposição a umidade, após 05-03-1997, tendo em vista o disposto na súmula 198 do TFR, segundo a qual é sempre possível o reconhecimento da especialidade no caso concreto, por meio de perícia técnica.
(...).
(AC nº 2007.72.11.000852-3/SC, Rel. Des. Federal Celso Kipper, D.E. publicado em 02-09-2010)

Para a caracterização da especialidade, não se exige exposição às condições insalubres durante todos os momentos da prática laboral, sendo suficiente que o trabalhador, em cada dia de trabalho, esteja exposto a agentes nocivos em período razoável da jornada, salvo exceções (periculosidade, por exemplo). Habitualidade e permanência hábeis para os fins visados pela norma - que é protetiva - devem ser analisadas à luz do serviço desenvolvido pelo trabalhador, cujo desempenho, não descontínuo ou eventual, exponha sua saúde à prejudicialidade das condições físicas, químicas, biológicas ou associadas que degradam o meio ambiente do trabalho. Nesse sentido: EINF 2004.71.00.028482-6/RS, Relator Desembargador Federal Luís Alberto D'Azevedo Aurvalle, D.E. de 8/1/2010 e EIAC 2000.04.01.088061-6/RS, Relator Desembargador Federal Fernando Quadros da Silva, DJU 3/3/2004.
A utilização de equipamentos de proteção individual (EPI) é irrelevante para o reconhecimento das condições especiais, prejudiciais à saúde ou à integridade física do trabalhador, da atividade exercida no período anterior a 3 de dezembro de 1998, data da publicação da MP 1.729, de 2 de dezembro de 1998, convertida na Lei 9.732, de 11 de dezembro de 1998, que alterou o § 2º do artigo 58 da Lei 8.213/1991, determinando que o laudo técnico contenha informação sobre a existência de tecnologia de proteção individual que diminua a intensidade do agente agressivo a limites de tolerância e recomendação sobre a sua adoção pelo estabelecimento respectivo. A própria autarquia já adotou esse entendimento na Instrução Normativa 45/2010.
Após esta data, de acordo com o entendimento do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do Recurso Extraordinário com Agravo - ARE 664335, submetido ao regime de repercussão geral (tema 555), Relator Ministro Luiz Fux, Tribunal Pleno, julgado em 4/12/2014 e publicado em 12/2/2015, o uso de equipamentos de proteção individual somente descaracterizaria a atividade em condições especiais se comprovada, no caso concreto, a real efetividade, suficiente para afastar completamente a relação nociva a que o empregado se submete.
Especificamente quanto ao agente ruído, a Suprema Corte assentou entendimento que na hipótese de exposição do trabalhador a ruído acima dos limites legais de tolerância, a declaração do empregador, no âmbito do Perfil Profissiográfico Previdenciário, no sentido da eficácia do Equipamento de Proteção Individual, não descaracteriza o tempo de serviço especial para aposentadoria.
No caso sob análise, ainda que alguns documentos façam referência ao uso de equipamentos de proteção, não restou comprovado o efetivo fornecimento pela empresa e tampouco ficou demonstrado o uso permanente pelo empregado durante toda a jornada de trabalho. Assim, o emprego desses acessórios não é suficiente para descaracterizar a especialidade do tempo de serviço em exame.
A autarquia previdenciária defende, em suas razões recursais, a impossibilidade de utilização de perícia produzida em empresa similar. Todavia tenho que tal não prospera. Isto porque, muitas vezes a solução para a busca da melhor resposta às condições de trabalho, com a presença ou não de agentes nocivos, é a constatação dessas condições em estabelecimento de atividade semelhante àquele onde laborou originariamente o segurado, no qual poderá estar presente os mesmos agentes nocivos, o que permitirá um juízo conclusivo a respeito.
Logo, não há óbice na utilização de laudo pericial elaborado em uma empresa, para comprovar a especialidade do labor em outra do mesmo ramo e no exercício de função semelhante. Neste sentido, é a jurisprudência dominante deste Tribunal: AC nº 2006.71.99.000709-7, Rel. Des. Federal Celso Kipper, DJU 02/03/2007 e APELREEX 2008.71.08.001075-4, Rel. Juiz Federal Guilherme Pinho Machado, D.E. 03/08/2009.
Portanto, deve ser mantida a sentença quanto ao reconhecimento da especialidade das atividades exercidas no período de 8/3/1985 a 26/11/1990, 4/8/1992 a 3/2/1999, 5/5/2000 a 19/9/2000, 2/8/2001 a 15/4/2002, 2/5/2002 a 31/12/2003 e de 1/1/2004 a 28/11/2009.
Outrossim, deve ser afastado o reconhecimento e a possibilidade de cômputo do período posterior a 28/11/2009 uma vez que não foi objeto do pedido, devendo ser provido o recurso do INSS e a remessa oficial, no ponto.

Aposentadoria por Tempo de Serviço/Contribuição
Considerado o presente provimento judicial (acréscimo decorrente da conversão do tempo especial) e o tempo reconhecido administrativamente (evento 14, PROCADM3, fls. 2/4), tem-se a seguinte composição do tempo de serviço da parte autora:

Reconhecido na fase administrativa Anos Meses Dias
Contagem até a Emenda Constitucional nº 20/98:16/12/1998 2090
Contagem até a Lei nº 9.876 - Fator Previdenciário:28/11/1999 21423
Contagem até a Data de Entrada do Requerimento:16/06/2010 31119
Reconhecido na fase judicial Data Inicial Data Final Mult. Anos Meses Dias
T. Especial08/03/198526/11/19900,42314
T. Especial04/08/199203/02/19990,4276
T. Especial05/05/200019/09/20000,40124
T. Especial02/08/200115/04/20020,40312
T. Especial02/05/200231/12/20030,4080
T. Especial01/01/200428/11/20090,42411
Subtotal 8 4 7
Somatório (fase adm. + fase judicial) Modalidade: Coef.: Anos Meses Dias
Contagem até a Emenda Constitucional nº 20/98:16/12/1998 Tempo Insuficiente-2571
Contagem até a Lei nº 9.876 - Fator Previdenciário:28/11/1999 Tempo insuficiente-26313
Contagem até a Data de Entrada do Requerimento:16/06/2010 Integral 100% 39 5 26
Pedágio a ser cumprido (Art. 9º EC 20/98): 195
Data de Nascimento:16/07/1958
Idade na DPL:41 anos
Idade na DER:51 anos

Assim, cumpridos os requisitos tempo de serviço e carência, assegura-se à parte autora o direito à aposentadoria por tempo de serviço/contribuição e ao pagamento das parcelas vencidas, desde a data de entrada do requerimento administrativo, formulado em 16/6/2010 (evento 14, PROCADM1, fl. 1).

Correção monetária
A correção monetária, segundo o entendimento consolidado na 3ª Seção deste Tribunal Regional Federal da 4ª Região, incidirá a contar do vencimento de cada prestação e será calculada pelos índices oficiais e aceitos na jurisprudência, quais sejam:
- ORTN (10/1964 a 02/1986, Lei 4.257/1964);
- OTN (03/1986 a 01/1989, Decreto-Lei 2.284/1986);
- BTN (02/1989 a 02/1991, Lei 7.777/1989);
- INPC (03/1991 a 12/1992, Lei 8.213/1991);
- IRSM (01/1993 a 02/1994, Lei 8.542/1992);
- URV (03 a 06/1994, Lei 8.880/1994);
- IPC-r (07/1994 a 06/1995, Lei 8.880/1994);
- INPC (07/1995 a 04/1996, MP 1.053/1995);
- IGP-DI (05/1996 a 03/2006, artigo 10 da Lei 9.711/1998, combinado com o artigo 20, §§5º e 6º, da Lei 8.880/1994);
- INPC (de 04/2006 a 29/06/2009, conforme o artigo 31 da Lei 10.741/2003, combinado com a Lei 11.430/2006, precedida da MP 316, de 11/08/2006, que acrescentou o artigo 41-A à Lei 8.213/1991).
- TR (a partir de 30/06/2009, conforme artigo 1º-F da Lei 9.494/1997, com a redação dada pelo artigo 5º da Lei 11.960/2009).
O Supremo Tribunal Federal (STF), quando do julgamento das ADIs 4.357 e 4.425, declarou a inconstitucionalidade por arrastamento do artigo 1º-F da Lei 9.494/1997, com a redação dada pelo artigo 5º da Lei 11.960/2009, afastando a utilização da Taxa Referencial (TR) como fator de correção monetária dos débitos judiciais da Fazenda Pública, relativamente ao período entre a respectiva inscrição em precatório e o efetivo pagamento.
À conta dessa orientação, e tendo presente a sua ratio, a 3ª Seção deste Tribunal vinha adotando, para fins de atualização dos débitos judiciais da Fazenda Pública, a sistemática anterior à Lei 11.960/2009, o que importava, nos termos da legislação então vigente, apurar-se a correção monetária segundo a variação do INPC, exceto no período subsequente à inscrição em precatório, quando se determinava a utilização do IPCA-E.
A questão da constitucionalidade do uso da TR como índice de atualização das condenações judiciais da Fazenda Pública, no período antes da inscrição do débito em precatório, teve, todavia, sua repercussão geral reconhecida no RE 870.947, e aguarda pronunciamento de mérito do STF. A relevância e a transcendência da matéria foram reconhecidas especialmente em razão das interpretações que vinham ocorrendo nas demais instâncias quanto à abrangência do julgamento nas Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) 4.357 e 4.425.
Em sucessivas reclamações, o Supremo Tribunal Federal vem afirmando que no julgamento das ADIs em referência a questão constitucional decidida restringiu-se à inaplicabilidade da TR ao período de tramitação dos precatórios, de forma que a decisão de inconstitucionalidade por arrastamento foi limitada à pertinência lógica entre o artigo 100, §12, da Constituição Federal e o artigo 1º-F da Lei 9.494/1997, na redação dada pelo artigo 5º da Lei 11.960/2009.
Por consequência, as reclamações vêm sendo acolhidas, assegurando-se, até que sobrevenha decisão específica do STF, a aplicação da legislação em referência na atualização das condenações impostas à Fazenda Pública, salvo após inscrição em precatório. Os pronunciamentos sinalizam, inclusive, para eventual modulação de efeitos, acaso surja decisão mais ampla quanto à inconstitucionalidade do uso da TR para correção dos débitos judiciais da Fazenda Pública (Rcl 19.050, Relator Ministro Roberto Barroso; Rcl 21.147, Relatora Ministra Cármen Lúcia; Rcl 19.095, Relator Ministro Gilmar Mendes).
Nesse contexto, com o propósito de manter coerência com as mais recentes decisões do STF sobre o tema, e para prevenir a necessidade de futuro sobrestamento dos processos, apenas em razão dos consectários, a melhor solução a ser adotada, no presente momento, é a aplicação do critério de atualização estabelecido no artigo 1º-F da Lei 9.494/1997, na redação dada pela Lei 11.960/2009.
Este entendimento não obsta a que o juízo de execução observe, quando da liquidação e atualização das condenações impostas ao INSS, o que vier a ser decidido pelo STF em regime de repercussão geral, bem como eventual regramento de transição que sobrevenha em sede de modulação de efeitos.

Juros de mora
Até 29 de junho de 2009, os juros de mora, apurados a contar da data da citação, devem ser fixados à taxa de 1% (um por cento) ao mês, com fundamento no artigo 3º do Decreto-Lei 2.322/1987, aplicável analogicamente aos benefícios pagos com atraso, tendo em vista o seu caráter eminentemente alimentar, conforme firme entendimento consagrado na jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça e, ainda, na Súmula 75 do Tribunal Regional Federal da 4ª Região.
A partir de então, deve haver incidência dos juros, uma única vez, até o efetivo pagamento do débito, segundo o índice oficial de remuneração básica aplicado à caderneta de poupança, nos termos estabelecidos no artigo 1º-F, da Lei 9.494/1997, na redação dada pela Lei 11.960/2009. Os juros devem ser calculados sem capitalização, tendo em vista que o dispositivo determina que os índices devem ser aplicados "uma única vez" e porque a capitalização, no direito brasileiro, pressupõe expressa autorização legal (STJ, 5ª Turma, AgRgno AgRg no Ag 1211604/SP, Relator Ministro Laurita Vaz).
Quanto ao ponto, esta Corte já vinha entendendo que no julgamento das ADIs 4.357 e 4.425 não houvera pronunciamento de inconstitucionalidade sobre o critério de incidência dos juros de mora previsto na legislação mencionada.
Esta interpretação foi, agora, ratificada, pois no exame do recurso extraordinário 870.947, o STF reconheceu repercussão geral não apenas à questão constitucional pertinente ao regime de atualização monetária das condenações judiciais da Fazenda Pública, mas também à controvérsia relativa aos juros de mora incidentes.
Feita a citação já sob a vigência das novas normas, são inaplicáveis as disposições do Decreto-lei 2.322/1987, incidindo apenas os juros da caderneta de poupança, sem capitalização.
Deve ser parcialmente provido o recurso do INSS e a remessa oficial para o fim de adequar a incidência de correção monetária aos parâmetros acima expostos. Mantida a incidência dos juros de mora na forma fixada na sentença.
Honorários advocatícios e custas processuais
Os honorários advocatícios e as custas processuais foram adequadamente fixados na sentença, nos termos da Súmula 76 deste Tribunal Regional Federal da 4ª Região e do artigo 4º, inciso I, da Lei 9.289/1996.
Por fim, a insurgência aventada pela autarquia contra a aplicação da multa diária não merece acolhida. É que, à falta de dispositivo legal específico proibitivo de imposição de multa contra a Fazenda Pública, há que se aplicar a regra geral do artigo 644 do Código de Processo Civil de 1973, que permite ao Juiz fixar multa por dia de atraso no cumprimento de obrigação de fazer fixada em sentença.
De todo modo, no caso em apreço, a questão já foi dirimida no despacho (evento 117) que afastou a incidência da multa diária fixada, frente ao cumprimento do julgado, o que deve ser mantido integralmente.

Tutela Antecipada
É de ser mantida a antecipação de tutela concedida (eventos 44 e 56), uma vez presentes os requisitos da verossimilhança do direito, pelos fundamentos anteriormente elencados, o risco de dano irreparável ou de difícil reparação e o caráter alimentar do benefício, porquanto relacionado diretamente com a sua subsistência, a qual, aliás, é o propósito dos proventos pagos pela Previdência Social.

Prequestionamento
Para possibilitar o acesso das partes às instâncias superiores, consideram-se prequestionadas as matérias constitucionais e legais suscitadas nos recursos oferecidos pelas partes, nos termos dos fundamentos do voto, deixando de aplicar dispositivos constitucionais ou legais não expressamente mencionados e/ou havidos como aptos a fundamentar pronunciamento judicial em sentido diverso do que está declarado.

Em face do que foi dito, voto por dar parcial provimento ao apelo do INSS e à remessa oficial, mantida a antecipação de tutela deferida na sentença.
Juiz Federal OSNI CARDOSO FILHO
Relator


Documento eletrônico assinado por Juiz Federal OSNI CARDOSO FILHO, Relator, na forma do artigo 1º, inciso III, da Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006 e Resolução TRF 4ª Região nº 17, de 26 de março de 2010. A conferência da autenticidade do documento está disponível no endereço eletrônico http://www.trf4.jus.br/trf4/processos/verifica.php, mediante o preenchimento do código verificador 8199841v10 e, se solicitado, do código CRC D9ECFE74.
Informações adicionais da assinatura:
Signatário (a): Osni Cardoso Filho
Data e Hora: 13/04/2016 17:34




EXTRATO DE ATA DA SESSÃO DE 06/04/2016
APELAÇÃO/REEXAME NECESSÁRIO Nº 5007948-44.2011.4.04.7122/RS
ORIGEM: RS 50079484420114047122
RELATOR
:
Juiz Federal OSNI CARDOSO FILHO
PRESIDENTE
:
Desembargadora Federal Vânia Hack de Almeida
PROCURADOR
:
Procurador Regional da República Eduardo Kurtz Lorenzoni
APELANTE
:
INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
APELADO
:
ODOPIO DOS SANTOS PEREIRA
ADVOGADO
:
MARCIO ZAMBELLI DA SILVA
Certifico que este processo foi incluído na Pauta do dia 06/04/2016, na seqüência 1034, disponibilizada no DE de 22/03/2016, da qual foi intimado(a) INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS, o MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL e as demais PROCURADORIAS FEDERAIS.
Certifico que o(a) 6ª TURMA, ao apreciar os autos do processo em epígrafe, em sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
ADIADO O JULGAMENTO.
Gilberto Flores do Nascimento
Diretor de Secretaria


Documento eletrônico assinado por Gilberto Flores do Nascimento, Diretor de Secretaria, na forma do artigo 1º, inciso III, da Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006 e Resolução TRF 4ª Região nº 17, de 26 de março de 2010. A conferência da autenticidade do documento está disponível no endereço eletrônico http://www.trf4.jus.br/trf4/processos/verifica.php, mediante o preenchimento do código verificador 8244371v1 e, se solicitado, do código CRC AF896B91.
Informações adicionais da assinatura:
Signatário (a): Gilberto Flores do Nascimento
Data e Hora: 07/04/2016 08:35




EXTRATO DE ATA DA SESSÃO DE 13/04/2016
APELAÇÃO/REEXAME NECESSÁRIO Nº 5007948-44.2011.4.04.7122/RS
ORIGEM: RS 50079484420114047122
RELATOR
:
Juiz Federal OSNI CARDOSO FILHO
PRESIDENTE
:
Desembargadora Federal Vânia Hack de Almeida
PROCURADOR
:
Procurador Regional da República Carlos Eduardo Copetti Leite
APELANTE
:
INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
APELADO
:
ODOPIO DOS SANTOS PEREIRA
ADVOGADO
:
MARCIO ZAMBELLI DA SILVA
Certifico que o(a) 6ª TURMA, ao apreciar os autos do processo em epígrafe, em sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
A TURMA, POR UNANIMIDADE, DECIDIU DAR PARCIAL PROVIMENTO AO APELO DO INSS E À REMESSA OFICIAL, MANTIDA A ANTECIPAÇÃO DE TUTELA DEFERIDA NA SENTENÇA.
RELATOR ACÓRDÃO
:
Juiz Federal OSNI CARDOSO FILHO
VOTANTE(S)
:
Juiz Federal OSNI CARDOSO FILHO
:
Des. Federal JOÃO BATISTA PINTO SILVEIRA
:
Des. Federal VÂNIA HACK DE ALMEIDA
Gilberto Flores do Nascimento
Diretor de Secretaria


Documento eletrônico assinado por Gilberto Flores do Nascimento, Diretor de Secretaria, na forma do artigo 1º, inciso III, da Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006 e Resolução TRF 4ª Região nº 17, de 26 de março de 2010. A conferência da autenticidade do documento está disponível no endereço eletrônico http://www.trf4.jus.br/trf4/processos/verifica.php, mediante o preenchimento do código verificador 8259533v1 e, se solicitado, do código CRC 9601D742.
Informações adicionais da assinatura:
Signatário (a): Gilberto Flores do Nascimento
Data e Hora: 13/04/2016 16:50




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