Experimente agora!
VoltarHome/Jurisprudência Previdenciária

PREVIDENCIÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. INVALIDEZ. AUXÍLIO-DOENÇA. VARA DISTRITAL. COMPETÊNCIA DELEGADA FEDERAL. INAPLICABILIDADE. TRF3. 0008742-09.2016.4.03.9999...

Data da publicação: 12/07/2020, 16:45:49

PREVIDENCIÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. INVALIDEZ. AUXÍLIO-DOENÇA. VARA DISTRITAL. COMPETÊNCIA DELEGADA FEDERAL. INAPLICABILIDADE. 1. Não está o Juiz Estadual em Vara Distrital no exercício da competência federal delegada. Precedente do Egrégio STJ. 2. Sentença anulada, de ofício. Reexame necessário e apelação do INSS prejudicados. (TRF 3ª Região, DÉCIMA TURMA, ApReeNec - APELAÇÃO/REMESSA NECESSÁRIA - 2143676 - 0008742-09.2016.4.03.9999, Rel. DESEMBARGADORA FEDERAL LUCIA URSAIA, julgado em 24/05/2016, e-DJF3 Judicial 1 DATA:01/06/2016 )


Diário Eletrônico

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO

D.E.

Publicado em 02/06/2016
APELAÇÃO/REEXAME NECESSÁRIO Nº 0008742-09.2016.4.03.9999/SP
2016.03.99.008742-0/SP
RELATORA:Desembargadora Federal LUCIA URSAIA
APELANTE:Instituto Nacional do Seguro Social - INSS
PROCURADOR:SP236055 HELENA MARTA SALGUEIRO ROLO
ADVOGADO:SP000030 HERMES ARRAIS ALENCAR
APELADO(A):ANGELA DE OLIVEIRA ALVES
ADVOGADO:SP240574 CELSO DE SOUSA BRITO
REMETENTE:JUIZO DE DIREITO DA 1 VARA DE CAJAMAR SP
No. ORIG.:00046325620118260108 1 Vr CAJAMAR/SP

EMENTA

PREVIDENCIÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. INVALIDEZ. AUXÍLIO-DOENÇA. VARA DISTRITAL. COMPETÊNCIA DELEGADA FEDERAL. INAPLICABILIDADE.
1. Não está o Juiz Estadual em Vara Distrital no exercício da competência federal delegada. Precedente do Egrégio STJ.
2. Sentença anulada, de ofício. Reexame necessário e apelação do INSS prejudicados.


ACÓRDÃO

Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide a Egrégia Décima Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, por unanimidade, anular, de ofício, a r. sentença e julgar prejudicados o reexame necessário e a apelação do INSS, nos termos do relatório e voto que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.


São Paulo, 24 de maio de 2016.
LUCIA URSAIA
Desembargadora Federal


Documento eletrônico assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que instituiu a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, por:
Signatário (a): MARIA LUCIA LENCASTRE URSAIA:10063
Nº de Série do Certificado: 1B1C8410F7039C36
Data e Hora: 24/05/2016 17:18:01



APELAÇÃO/REEXAME NECESSÁRIO Nº 0008742-09.2016.4.03.9999/SP
2016.03.99.008742-0/SP
RELATORA:Desembargadora Federal LUCIA URSAIA
APELANTE:Instituto Nacional do Seguro Social - INSS
PROCURADOR:SP236055 HELENA MARTA SALGUEIRO ROLO
ADVOGADO:SP000030 HERMES ARRAIS ALENCAR
APELADO(A):ANGELA DE OLIVEIRA ALVES
ADVOGADO:SP240574 CELSO DE SOUSA BRITO
REMETENTE:JUIZO DE DIREITO DA 1 VARA DE CAJAMAR SP
No. ORIG.:00046325620118260108 1 Vr CAJAMAR/SP

RELATÓRIO

A Senhora Desembargadora Federal LUCIA URSAIA (Relatora): Proposta ação de conhecimento de natureza previdenciária, objetivando a concessão da aposentadoria por invalidez ou benefício de auxílio-doença, sobreveio sentença de procedência do pedido, condenando-se a autarquia previdenciária a restabelecer o benefício de auxílio-doença, desde o requerimento administrativo, com correção monetária e juros de mora, além do pagamento de custas, despesas processuais e honorários advocatícios, fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor das prestações vencidas até a sentença, nos termos da Súmula 111 do STJ.


A r. sentença foi submetida ao reexame necessário.


Inconformada, a autarquia previdenciária interpôs recurso de apelação, pugnando pela reforma da sentença, para que seja julgado improcedente o pedido, sustentando a ausência dos requisitos legais para a concessão do benefício. Subsidiariamente, requer a alteração da sentença no tocante ao termo inicial do benefício.


Com contrarrazões, os autos foram remetidos a este Tribunal.

Foi concedida tutela antecipada no curso da demanda (fl. 70).

É o relatório.


VOTO

A Senhora Desembargadora Federal LUCIA URSAIA (Relatora): Inicialmente, cumpre salientar que, em sede de agravo de instrumento interposto em face de r. decisão do MM. Juízo a quo, a qual declinou de ofício da competência determinando a remessa dos autos à Justiça Federal de Jundiaí, foi mantida a decisão agravada, tendo em vista a revisão de posicionamento anterior, após a recente orientação do Egrégio STJ sobre a matéria, segundo o qual não está o Juiz Estadual em Vara Distrital no exercício da competência federal delegada (fls. 132/148).


Assim, tendo sido a decisão agravada mantida, com trânsito em julgado anterior a prolação da r. sentença, o R. Juízo da Vara Distrital de Cajamar/SP não é competente para o conhecimento da presente demanda.


Dessa maneira, compete à Justiça Federal em Jundiaí processar e julgar a demanda, tendo em vista que a Vara Distrital Estadual de Cajamar não possui condição de Comarca, não havendo o exercício da competência federal delegada, previsto no art. 109, §3º da Constituição Federal, o que a torna incompetente para apreciar e julgar a questão, sendo de rigor a anulação da sentença recorrida.


Diante do exposto, reconhecendo a incompetência absoluta do MM. Juízo a quo, ANULO, DE OFÍCIO, a sentença e determino a redistribuição da ação a Justiça Federal de Jundiaí, na forma da fundamentação, restando prejudicada a análise do reexame necessário e da apelação do INSS.


É o voto.


LUCIA URSAIA
Desembargadora Federal


Documento eletrônico assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que instituiu a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, por:
Signatário (a): MARIA LUCIA LENCASTRE URSAIA:10063
Nº de Série do Certificado: 1B1C8410F7039C36
Data e Hora: 24/05/2016 17:18:05



O Prev já ajudou mais de 140 mil advogados em todo o Brasil.Faça cálculos ilimitados e utilize quantas petições quiser!

Experimente agora