O déficit do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), sistema público de previdência que atende aos trabalhadores do setor privado no país, somou R$ 42,2 bilhões em todo ano passado, informou nesta quarta-feira (30) o Ministério da Previdência Social. Com isso, avançou 9% frente ao resultado negativo de 2011, que foi de R$ 38,8 bilhões. Os valores foram corrigidos pelo INPC.

O pagamento de benefícios previdenciários somou R$ 326 bilhões em 2012, o que representa um aumento de 6,7% frente ao ano anterior (R$ 305 bilhões). Ao mesmo tempo, a arrecadação líquida do INSS somou R$ 283,7 bilhões no último ano, o que representa uma elevação de 6,4% frente ao ano de 2011 – quando totalizou R$ 266,7 bilhões.

O secretário de Políticas de Previdência Social, Leonardo Rolim, explicou que o déficit aumentou de 2011 para 2012 por conta, principalmente, do aumento do valor do salário mínino – que corrige o valor da maior parte dos benefícios do INSS. Em 2012, o salário mínimo subiu de R$ 545 para R$ 622.

Desoneração da folha de pagamentos

Segundo o Ministério da Previdência Social, o déficit do ano passado foi impactado, para baixo, em R$ 4,3 bilhões por conta do processo da desoneração da folha de pagamentos de alguns setores da economia, como tecnologia da informação, móveis, têxtil, naval, aéreo, de material elétrico e autopeças, entre outros. A desoneração fez parte do plano de estímulos à indústria, o Brasil Maior, lançado no ano passado e ampliado em 2012.

Segundo Rolim, do Ministério da Previdência, nem todo o valor de R$ 4,3 bilhoes, decorrente da desoneração da folha de pagamentos, foi repassado pelo Tesouro Nacional ao INSS. Segundo ele, apenas uma parte deste valor (R$ 1,8 bilhão) foi repassado pelo Tesouro Nacional no ano passado. “A diferença de R$ 2,5 bilhões vai ser compensada em 2013, mas faremos o ajuste nas contas do ano passado, até para não superestimar o resultado deste ano”, declarou Rolim.

Previsão para 2013

O secretário de Políticas de Previdência Social informou que estima um déficit de R$ 44 bilhões a R$ 46 bilhões, em valores nominais, para este ano. Quando for aplicada a correção pelo INPC, este valor deve ficar um pouco maior, confirmou ele. “Esse valor estimado considera o aumento do salário mínimo e dos benefícios acima do mínimo, além crescimento na concessão de benefícios”, afirmou Rolim a jornalistas.

Fonte: Globo.com

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