Alcançar o teto máximo da aposentadoria do INSS é o objetivo de muitos segurados, mas poucos sabem que isso não depende apenas do tempo de contribuição.

O valor final do benefício está diretamente ligado à média salarial e às contribuições feitas ao longo da vida, o que significa que com planejamento previdenciário é possível elevar significativamente a renda futura e, em alguns casos, chegar ao teto. Saiba como! 

Quanto é o teto do INSS e como ele é calculado?

Em 2025, o teto previdenciário está em R$ 8.157,41, conforme atualização publicada pela Portaria Interministerial MPS/MF nº 6/2025, publicada em 10 ou 13 de janeiro de 2025. Isso significa que, mesmo que o trabalhador tenha salários maiores durante a vida, o INSS só paga até esse limite.

O cálculo da aposentadoria segue as regras da Reforma da Previdência (EC nº 103/2019):

  • Considera-se a média de todos os salários de contribuição a partir de julho de 1994;
  • Aplica-se o coeficiente correspondente ao tempo de contribuição. que varia conforme o tipo de aposentadoria e o sexo do segurado.

Assim, quem contribuiu por longos períodos com valores próximos ao teto tende a ter um benefício mais alto.

Primeiro passo para alcançar o teto máximo 

Para atingir o teto, é preciso contribuir com base nos maiores salários possíveis dentro das alíquotas permitidas. Os contribuintes individuais, facultativos e autônomos podem escolher a faixa sobre a qual contribuem, desde que respeitem o limite máximo do salário de contribuição previsto na legislação.

O artigo 28, §5º da Lei nº 8.212/1991 determina que o salário de contribuição não pode ultrapassar o teto do INSS.

Ou seja, para chegar ao benefício máximo, as contribuições precisam ser feitas no valor mais alto permitido e de forma contínua e regular, evitando períodos de baixa contribuição que reduzem a média salarial.

A importância da revisão e planejamento

Uma das estratégias mais eficientes é realizar um planejamento previdenciário individualizado. Com base nos dados do CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais), o advogado previdenciarista pode identificar:

  • lacunas de contribuição;
  • contribuições abaixo do ideal;
  • períodos que podem ser recolhidos em atraso (como autônomo ou contribuinte individual, conforme o art. 45-A da Lei nº 8.212/1991);
  • e possibilidades de revisão do benefício para corrigir erros no cálculo ou incluir contribuições omitidas.

O papel da Previdência Complementar

Mesmo com o melhor planejamento, nem todos conseguem alcançar o teto do INSS apenas com contribuições públicas. Por isso, o regime complementar de previdência, seja privado ou público, como o Previdência Complementar dos Servidores (Funpresp), torna-se uma ferramenta essencial para quem deseja uma renda superior ao limite do INSS.

A combinação entre planejamento previdenciário e previdência privada permite que o segurado mantenha seu padrão de vida após a aposentadoria, com segurança jurídica e previsibilidade.

Portanto, atingir o teto da aposentadoria do INSS não é privilégio de poucos, mas resultado de organização e orientação técnica. Com contribuições regulares e de valor adequado, revisões corretas e acompanhamento especializado, o segurado pode maximizar o benefício dentro dos limites legais.

Um advogado previdenciarista é o profissional indicado para analisar cada caso individualmente, orientar sobre como ajustar as contribuições e evitar perdas futuras.

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