O secretário-executivo da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas, disse ontem que “um mutirão de ações” do governo fez o tempo de espera por atendimento do INSS voltar a “patamares normais”.
Ele concedeu entrevista exclusiva para comentar o parecer do TCU (Tribunal de Contas da União) que apontou aumento na espera por atendimento, perícia médica e concessão de benefícios entre janeiro de 2011 e igual mês de 2013.
Segundo Gabas, o relatório do TCU reflete a situação de 2012, quando houveram “problemas localizados” em alguns Estados como Maranhão, Pará e nos do Sul do país que tiveram repercussão na média nacional. Gabas diz que os problemas de gestão do INSS foram resolvidos.
O secretário-executivo admite, porém, que algumas questões fogem ao controle, como a série de pedidos de demissão de peritos no Sul, problema que atribui à dificuldade de instalar médicos em cidades do interior. “Estamos negociando com a categoria algumas modificações na carreira que facilitem a ida deles para esses locais.”
O secretário-executivo da Previdência afirmou que ainda não há prazo para que o auxílio-doença sem perícia comece a ser adotado pelo INSS, mas a medida não foi descartada. O projeto foi anunciado em 2011, mas, segundo Gabas, naquela época, não estava pronto.
Gabas afirma que, agora, o projeto está “bastante avançado”, mas os critérios de concessão do benefício sem perícia “têm que ser muito bem definidos” para evitar abusos. O afastamento só com atestado deverá ser restrito a algumas doenças.
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