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Trabalhadores de blocos de carnaval na Bahia têm direitos sociais assegurados

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Trinta blocos de carnaval de Salvador assinaram nesta quarta-feira um termo de compromisso com o Ministério Público do Trabalho na Bahia (MPT-BA) que assegura alguns direitos aos chamados cordeiros? pessoas que atuam segurando as cordas que separam os associados dos blocos dos demais foliões na avenida. O documento estabelece a remuneração mínima de R$ 43 por dia, incluído o valor do transporte, e obriga os contratantes a fornecer equipamentos de proteção e alimentação aos trabalhadores.

Ainda segundo o documento, cada cordeiro deve receber e usar protetor auricular, filtro solar, um par de luvas e uma camisa de algodão com o nome do bloco e número de identificação. Além disso, os líderes de cada grupo de cordeiros devem levar para o desfile Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) sobressalentes para o caso de perda ou dano aos materiais.

Também está definido que todos os trabalhadores receberão lanche contendo biscoitos, refrigerante ou suco, além de água mineral. O registro da atividade profissional também é exigido junto ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Em caso de impossibilidade de registro, o termo oferece como alternativa a realização de um seguro para cada cordeiro. O desconto da contribuição previdenciária não será permitido. Todos os trabalhadores devem ter contratos feitos por escrito e assinar recibos para comprovar o pagamento. O documento foi assinado com a presença do procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho (MPT) na Bahia, Pacífico Rocha.

Trabalhadores de blocos de carnaval na Bahia têm direitos sociais assegurados

Quem contratar menores de idade, idosos (com mais de 60 anos) e mulheres grávidas (com gravidez aparente) pode arcar com multa de R$ 30 mil. Caso algum cordeiro seja flagrado trabalhando sem usar sapato fechado, a multa estipulada é de R$ 10 mil e no caso de não fornecimento dos EPIs a entidade terá que pagar multa de R$ 3 mil.

O termo, pela primeira vez, ainda prevê a realização de uma reunião após o carnaval para que os envolvidos discutam avanços em termos de garantia de condições dignas de trabalho para os cordeiros.

 

Fonte: G1.Globo

Sobre o Autor

Advogado (OAB/RS 80.622). Cofundador do Previdenciarista. Mestre em Direito Tributário pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra - FDUC, Portugal. Especialista em Direito Tributário pela Universidade de Caxias do Sul - UCS. MBA em Gestão Estratégica de Negócios na Escola Superior de Propaganda e Marketing - ESPM. Bacharel em Direito pelo Centro Universitário Franciscano - UNIFRA. Consultor de empresas formado pela Fundação Getúlio Vargas - FGV.

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