Uma mulher de 51 anos, moradora de Roraima, teve seu auxílio-doença negado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) após ser erroneamente registrada como presa em regime fechado. O pedido foi indeferido no dia 17 de fevereiro de 2025. No entanto, ela nunca foi presa e a informação foi inserida no sistema por um servidor do próprio INSS.

As informações são do portal G1 Roraima. Continue a leitura e veja os detalhes deste caso. 

Histórico da trabalhadora e problemas de saúde

A mulher trabalhava como auxiliar de serviços gerais em uma escola no município de São João da Baliza. Segundo o G1 Roraima, “em junho de 2024, foi afastada de sua função pela prefeitura devido a uma apendicite. Três meses depois, em outubro, solicitou o auxílio-doença após enfrentar novos problemas de saúde, como pneumonia e hérnia abdominal”. 

Após passar por cirurgias e continuar com dores, precisou de acompanhamento médico constante. Em janeiro de 2025, com um novo atestado médico confirmando sua impossibilidade de realizar esforços físicos, tentou prorrogar o benefício. No entanto, seu pedido foi indeferido.

Erro no cadastro do INSS

Para tentar resolver a situação, ela foi até a agência do INSS em Rorainópolis, onde um servidor preencheu o requerimento para continuidade do benefício. Segundo a mulher, ela não assinou nenhum documento porque o funcionário afirmou que não era necessário.

“Isso aí foi o próprio INSS que fez, não fui eu. Nem a prefeitura. Quem preencheu e enviou tudo foi o rapaz que atende lá. Perguntei se precisava assinar algo e ele disse que não. Foi erro do próprio INSS”, disse em entrevista.

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INSS reconhece erro

O INSS confirmou que houve um equívoco ao registrar que a mulher estava reclusa. Provavelmente, a opção “Sim” foi marcada no questionamento sobre prisão, resultando no indeferimento automático do benefício. O órgão orientou a agência de Rorainópolis a protocolar um novo pedido para corrigir o erro.

Busca por justiça

Ao verificar no aplicativo Meu INSS que seu benefício havia sido suspenso, ela buscou atendimento na unidade de Boa Vista. No local, foi informada de que o sistema não exibia o motivo da negativa e foi orientada a procurar novamente a agência de Rorainópolis. Diante da situação, decidiu levar o caso à Justiça.

Para comprovar que nunca esteve presa, a mulher solicitou uma Certidão de Antecedentes Criminais da Polícia Federal, emitida em 18 de fevereiro. O documento confirma que ela nunca teve passagem pelo sistema prisional.

“Isso nunca aconteceu na minha vida. Nunca fui presa. Me senti muito constrangida, passei mal, tive que tomar remédio de tanto nervoso”, relatou.

Por fim, a mulher registrou um boletim de ocorrência por difamação no 1º Distrito Policial de Boa Vista no dia 17 de fevereiro. O caso pode passar a ser investigado pela Polícia Civil. O INSS ainda não deu novas respostas sobre o andamento da correção do benefício.

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