Teste grátis agora!
VoltarHome/Jurisprudência Previdenciária

MANDADO DE SEGURANÇA. PENSÃO POR MORTE. TRF3. 5001357-78.2023.4.03.6118...

Data da publicação: 24/12/2024, 15:52:20

PREVIDENCIÁRIO. PROCESSO CIVIL. MANDADO DE SEGURANÇA. PENSÃO POR MORTE. REQUISITOS PREENCHIDOS. - O mandado de segurança é remédio constitucional (art. 5º, LXIX, CF/88) destinado à proteção de direito líquido e certo contra ato ilegal ou abusivo perpetrado por autoridade pública. - Os requisitos para obtenção de pensão por morte foram comprovados satisfatoriamente no processo administrativo, de modo que a cessação do benefício foi indevida. - Remessa oficial desprovida. (TRF 3ª Região, 7ª Turma, RemNecCiv - REMESSA NECESSÁRIA CÍVEL - 5001357-78.2023.4.03.6118, Rel. Desembargador Federal MARCELO VIEIRA DE CAMPOS, julgado em 31/07/2024, DJEN DATA: 01/08/2024)


Diário Eletrônico

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO
 PODER JUDICIÁRIO
Tribunal Regional Federal da 3ª Região

7ª Turma


REMESSA NECESSÁRIA CÍVEL (199) Nº 5001357-78.2023.4.03.6118

RELATOR: Gab. 23 - DES. FED. MARCELO VIEIRA

PARTE AUTORA: MARLENE OLIVEIRA GONCALVES

Advogado do(a) PARTE AUTORA: ISABELA IZOLDI DE CARVALHO MARTINS - SP462050-N

PARTE RE: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

OUTROS PARTICIPANTES:


 PODER JUDICIÁRIO
Tribunal Regional Federal da 3ª Região

7ª Turma

REMESSA NECESSÁRIA CÍVEL (199) Nº 5001357-78.2023.4.03.6118

RELATOR: Gab. 23 - DES. FED. MARCELO VIEIRA

PARTE AUTORA: MARLENE OLIVEIRA GONCALVES

Advogado do(a) PARTE AUTORA: ISABELA IZOLDI DE CARVALHO MARTINS - SP462050-N

PARTE RE: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

OUTROS PARTICIPANTES:

  

R E L A T Ó R I O

O EXCELENTÍSSIMO DESEMBARGADOR FEDERAL MARCELO VIEIRA, RELATOR: 

Trata-se de mandado de segurança impetrado por MARLENE OLIVEIRA GONCALVES, com pedido de liminar, contra ato do GERENTE EXECUTIVO DA AGÊNCIA DO INSS EM CRUZEIRO/SP, com vistas ao restabelecimento do benefício de pensão por morte.

A sentença denegou a ordem conforme dispositivo que ora transcrevo: “ CONCEDO A SEGURANÇA pleiteada por MARLENE OLIVEIRA GONÇALVES contra ato do GERENTE EXECUTIVO DA AGÊNCIA DO INSS EM CRUZEIRO/SP, e DETERMINO o restabelecimento do benefício de pensão por morte (NB 21/208.798.959-6) em favor da Impetrante. Ratifico a decisão que deferiu a liminar. Deixo de condenar o Impetrado no pagamento de honorários de advogado (súmula n. 512, do E. STF). Custas na forma da lei. Sentença sujeita a reexame necessário. Publicação e Registro eletrônicos. Intimem-se. ”. 

Subiram os autos por força do reexame necessário.

O Ministério Público Federal opina pelo regular prosseguimento do Feito sem a sua intervenção.

É o relatório. 

 


 PODER JUDICIÁRIO
Tribunal Regional Federal da 3ª Região

7ª Turma

REMESSA NECESSÁRIA CÍVEL (199) Nº 5001357-78.2023.4.03.6118

RELATOR: Gab. 23 - DES. FED. MARCELO VIEIRA

PARTE AUTORA: MARLENE OLIVEIRA GONCALVES

Advogado do(a) PARTE AUTORA: ISABELA IZOLDI DE CARVALHO MARTINS - SP462050-N

PARTE RE: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

OUTROS PARTICIPANTES:

V O T O

O EXCELENTÍSSIMO DESEMBARGADOR FEDERAL MARCELO VIEIRA, RELATOR: 

Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço do recurso de apelação. 

O mandado de segurança é remédio constitucional (art. 5º, LXIX, CF/88) destinado à proteção de direito líquido e certo contra ato ilegal ou abusivo perpetrado por autoridade pública.

Realizadas tais considerações, consigno que o presente mandamus foi impetrado com objetivo de restabelecimento do benefício de pensão por morte.

Relata a autora que o benefício foi cessado sob o argumento de que o falecido, ora instituidor da pensão, só possuía 18 meses de contribuição previdenciária, bem como de que havia menos de 02 anos de casamento entre este e a Impetrante.

Aplica-se a legislação previdenciária vigente no momento do óbito, em observância ao princípio tempus regit actum.

Extrai-se do caput do art. 74 da Lei 8.213/1991, que a pensão por morte será concedida, quando concomitantemente presentes os seguintes requisitos:  Morte de segurado do RGPS; e  a existência de dependentes do segurado falecido.

Consoante o documento do CNIS o segurado, Pedro Luiz Gonçalves, era beneficiário de aposentadoria por tempo de contribuição desde 21.11.1997 até 29.03.2023 (data do óbito), o que comprova a qualidade de segurado.

Por outro lado, de acordo com a certidão de casamento, a impetrante e o segurado contraíram matrimônio em julho de 1956.

Todos os requisitos para obtenção de pensão por morte foram demonstrados satisfatoriamente no processo administrativo, de modo que a cessação do benefício foi indevida.

Por essas razões, vislumbro a ilegalidade apontada, de modo que entendo presente a ofensa a direito líquido e certo da parte Impetrante.

Ante o exposto, nego provimento à remessa oficial, nos termos da fundamentação.

É o voto.



E M E N T A

PREVIDENCIÁRIO. PROCESSO CIVIL. MANDADO DE SEGURANÇA. PENSÃO POR MORTE. REQUISITOS PREENCHIDOS.

- O mandado de segurança é remédio constitucional (art. 5º, LXIX, CF/88) destinado à proteção de direito líquido e certo contra ato ilegal ou abusivo perpetrado por autoridade pública.

- Os requisitos para obtenção de pensão por morte foram comprovados satisfatoriamente no processo administrativo, de modo que a cessação do benefício foi indevida.

- Remessa oficial desprovida.


ACÓRDÃO

Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, a Sétima Turma, por unanimidade, decidiu negar provimento à remessa oficial, nos termos do relatório e voto que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.
MARCELO VIEIRA
DESEMBARGADOR FEDERAL

O Prev já ajudou mais de 140 mil advogados em todo o Brasil.Faça cálculos ilimitados e utilize quantas petições quiser!

Teste grátis agora!