A greve dos peritos do INSS já completou quatro meses e não há previsão para o seu encerramento. Como mostrou o Bom Dia Rio desta quarta-feira (6), quem precisa do benefício de um laudo médico da perícia, como auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez, sofre à espera de um atendimento.
Segundo os dados do INSS, o tempo médio de espera para o agendamento da perícia médica passou de 20 para 80 dias. Na maior parte das vezes, as pessoas conseguem agendar o atendimento, mas quando chegam ao local de atendimento são reagendadas. Estima-se que 1,3 milhão de perícias não tenham sido realizadas desde o início da paralisação dos médicos, em setembro de 2015.
“Eu estou acidentado desde o dia 18 de agosto do ano passado e não consegui receber nada do INSS por causa da greve dos peritos. Então, eu quero saber como é que vai ficar. Eu tenho responsabilidades, eu tenho pagamentos a fazer, e não tenho condições de fazê-lo porque eu não conseguir passar pelo perito ainda. Eu gasto dinheiro de passagem, eu gasto meu tempo, eu estou assim de muletas e não estou conseguindo andar direito. Me desloco pra chegar lá e não ser nada resolvido. O INSS é descontado do nosso salário antes de nós recebermos nosso pagamento”, contou um trabalhador que precisa do benefício.
Dentre as principais reivindicações da categoria estão a oficialização da jornada de trabalho de 30 horas semanais e o fim da perícia terceirizada, além de reajuste salarial. Entretanto, as negociações com o ministério do planejamento ainda não andaram, e não há previsão de quando a greve acabe.
Atualmente, o INSS conta com 4.351 servidores peritos médicos, cujo salário inicial para uma jornada de 40 horas é de R$ 11.383, mas pode chegar a R$ 16.222.
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