professora3O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), propôs mudança na política salarial da rede de ensino que pode estimular professoras a adiar as aposentadorias, em troca de aumentos salariais. Em projeto encaminhado à Câmara Municipal, Haddad prevê aumento de 13% nos vencimentos dos professores em final de carreira. O benefício, porém, seria concedido apenas a quem tiver ao menos 28 anos de carreira.

De acordo com as informações do jornal Folha de S. Paulo, o período é superior ao tempo mínimo exigido para a aposentadoria das professoras (25 anos de trabalho). O projeto ainda precisa ser aprovado pelos vereadores.

Sindicatos da categoria afirmam que a proposta é prejudicial às mulheres, porque, para ter o aumento, elas terão de trabalhar três anos a mais do que o mínimo exigido para se aposentarem. Em relação aos homens, eles não terão de estender o tempo de carreira, porque a lei já exige que eles fiquem ao menos 30 anos em atividade.

O secretário da Educação, Cesar Callegari, nega que o intuito da medida seja estender a carreira das mulheres, ainda que a medida possa, indiretamente, levar a isso.

Segundo Callegari, a ideia é beneficiar professoras que já chegaram aos 25 anos de trabalho, mas não completaram 50 anos de idade, que é a outra condicionante para o pedido de aposentadoria. “Esses profissionais podem ficar anos aguardando a aposentadoria, sem nenhum estímulo”, disse ele. “São pessoas que, mesmo próximas da aposentadoria, são jovens, devem ser estimuladas.”

Ainda de acordo com o secretário, as professoras que chegarem aos 25 anos de carreira e 50 anos de idade não serão obrigadas a estender o trabalho – neste caso, porém, não receberão os aumentos, que serão dados por meio de evolução de dois níveis na carreira.

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