Um aposentado de 59 anos, morador de Taguatinga (DF), descobriu que vinha sofrendo descontos indevidos em sua aposentadoria por invalidez. Há dois meses e meio, ao analisar o contracheque, percebeu a presença de cobranças feitas por duas associações: a ENAP e a AMBEG.
“Eu creio que uma descontava um mês e no outro mês era a outra”, relatou o homem, que imediatamente procurou o INSS para bloquear os valores e também foi até uma agência dos Correios para entender o que estava acontecendo.
Suposta autorização tem nome de desconhecida
De acordo com o portal G1, ao tentar obter o ressarcimento dos valores, o INSS negou o pedido com base em uma autorização que, segundo o instituto, teria sido assinada pelo próprio beneficiário.
No entanto, o documento apresentado traz uma incoerência grave: embora contenha o CPF dele, o nome que aparece é o de “Neusa Cunha da Silva”, pessoa que ele afirma nunca ter conhecido.
Além disso, outras informações presentes na autorização, como RG e endereço, também não correspondem ao aposentado.
Registro de boletim de ocorrência e questionamentos
Diante da situação, o homem registrou um boletim de ocorrência por estelionato na 21ª Delegacia de Polícia, em Taguatinga Sul. Indignado, ele critica a atuação do INSS:
“Tem que procurar quem é essa Neusa. Quem tem que procurar não sou eu. É o governo. Como o INSS libera esse desconto sem ser no meu nome? No nome de outra pessoa?”
O beneficiário do INSS trabalhou por muitos anos como motorista. Há uma década, precisou se aposentar por invalidez após perder os movimentos do pé direito devido a uma infecção por tétano. Desde então, depende exclusivamente da aposentadoria para se manter.
O que diz o INSS?
O INSS informou que, caso o segurado não concorde com a resposta recebida, pode apresentar recurso por meio do aplicativo “Meu INSS” ou pelos Correios. A nota completa do órgão não foi divulgada até o momento.
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