A aposentadoria ainda é um assunto distante para muitos jovens!

Afinal, com tantas prioridades imediatas (faculdade, primeiro emprego, projetos pessoais) pensar em algo que só acontecerá décadas à frente pode parecer fora de hora. Mas a verdade é: quanto antes você começar a se planejar, maiores serão os seus benefícios no futuro.

No Brasil, existem cerca de 35 milhões de jovens entre 14 e 24 anos, segundo dados oficiais do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). É uma geração numerosa, com potencial enorme para construir desde já um futuro financeiramente seguro. A preparação para a aposentadoria  começa bem antes do que se imagina.

Neste artigo, você vai entender como um jovem pode se planejar para garantir uma aposentadoria, tanto no INSS quanto por meio de estratégias financeiras complementares.

Por que é importante começar a contribuir o quanto antes?

O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) garante diversos benefícios, não apenas a aposentadoria. Além disso, oferece outros benefícios importantes, como:

– Auxílio por incapacidade temporária (auxílio-doença)

– Aposentadoria por incapacidade permanente (aposentadoria por invalidez)

Salário-maternidade

Pensão por morte

Auxílio-acidente

– Outros benefícios

No entanto, para ter acesso a esses benefícios, é fundamental contribuir regularmente e manter a qualidade de segurado.

Dessa forma, é essencial manter contribuições regulares ao INSS, seja como empregado com carteira assinada, autônomo, MEI ou contribuinte facultativo. 

No Brasil, existem dois tipos principais de segurados no INSS, os obrigatórios e os facultativos.

Segurado Obrigatório x Segurado Facultativo

  • Segurado obrigatório: quem tem vínculo formal de emprego (carteira assinada) ou exerce atividade remunerada autônoma ou empresarial, ou seja, deve contribuir obrigatoriamente com o INSS.
  • Segurado facultativo: quem não exerce atividade remunerada, mas opta por contribuir para garantir a cobertura previdenciária, como por exemplo a dona de casa e o estudante.

Sendo assim, não é necessário ter um vínculo empregatício ou ter um CNPJ ativo para contribuir com o INSS, existe a opção de contribuir como facultativo, caso ainda você não trabalhe e queira começar a garantir seus direitos junto ao INSS.

Além disso, as contribuições precoces impactam diretamente no valor da aposentadoria, já que permitem formar, bem como, programar uma média salarial mais vantajosa e ainda reduz os impactos de uma reforma previdenciária.

Como contribuir como autônomo ou MEI?

Se você é um trabalhador autônomo (contribuinte individual) ou um Microempreendedor Individual (MEI), é de suma importância entender como funciona as contribuições para o INSS.

Profissional autônomo é aquele que trabalha por conta própria, utilizando suas habilidades técnicas, manuais ou intelectuais, sem vínculo empregatício, e assume os riscos do seu negócio, como por exemplo advogados, dentistas e psicólogos.

Já o Microempreendedor Individual (MEI) é uma categoria de empreendedor que trabalha por conta própria e se legaliza como pequeno empresário, é um modelo empresarial simplificado, no intuito de facilitar a formalização de pessoas que trabalham de maneira autônoma.

Tanto o autônomo quanto o MEI são contribuintes obrigatórios, isso significa que são responsáveis pelas suas próprias contribuições para que assim tenham acesso aos benefícios do INSS.

A forma de contribuição é diferente entre as duas modalidades

Para os autônomos a contribuição ao INSS é no importe de 20% sobre a renda mensal, observando o salário mínimo e limitado ao teto do INSS.

O MEI, por sua vez, possui uma carga tributária mais simplificada, os MEIs que têm receita bruta anual de até R$81.000,00 (limite para 2025). Porém, o valor pode chegar até R$97.200,00. Isso porque, quando ultrapassado o faturamento anual em até 20% , o empreendedor pode continuar sendo MEI até o fim do ano calendário em questão.

O pagamento da contribuição do MEI é por meio do DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional), que além de incluir tributos relacionados à atividade do MEI, contém uma alíquota de 5% do salário mínimo destinado à Previdência Social.

Como contribuir como facultativo?

Segurados facultativos são os que não possuem vínculo empregatício e não exercem qualquer tipo de atividade remunerada, não possuem obrigação legal em verter as contribuições, mas, optam por contribuir para o INSS.

As contribuições  previdenciárias deverão ocorrer na alíquota de 20%, aplicada sobre o respectivo salário de contribuição, observados os limites mínimo e máximo, ou na alíquota reduzida de 11% e, neste caso, apenas sobre o salário mínimo vigente. 

Caso trate-se de segurado Facultativo de Baixa Renda – FBR, aquele que não possui renda própria, que se dedique exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência, desde que pertencente a família de baixa renda, poderá contribuir na alíquota reduzida de 5% e, neste caso, apenas sobre o salário mínimo vigente.

Mantenha a regularidade das contribuições

A regularidade das contribuições para o INSS é crucial para manter a qualidade de segurado e garantir acesso aos benefícios previdenciários.

Qualidade de segurado é a condição de estar vinculado ao INSS e ter direito aos benefícios previdenciários, ou seja, a pessoa fica vinculada ao INSS e, em troca, tem direito em receber benefícios pagos pelo INSS, em caso de necessidade. Benefícios esses como aposentadoria, auxílio-doença, pensão por morte, entre outros.

A regularidade das contribuições para o INSS é crucial para manter a qualidade de segurado e garantir acesso aos benefícios previdenciários.

O ideal é pagar as contribuições antes da data de vencimento, certificar de que os dados cadastrais estejam atualizados para evitar divergências contributivas, bem como, incluir as contribuições no planejamento financeiro mensal, para garantir que haverá recursos suficientes para pagamento.

Planejamento Financeiro

O INSS além da aposentadoria oferece diversos benefícios, mas, talvez não seja suficiente para manter o padrão de vida desejável, por isso é essencial pensar em uma forma de complementar a aposentadoria.

Investimentos como CDB; previdência privada (PGBL ou VGBL); investimentos em renda fixa ou variável; fundos imobiliários ou Tesouro Direto; ações, são alternativas de investimentos, para que você não dependa somente da aposentadoria no INSS.

A reserva de emergência também é um componente importantíssimo para garantir uma estabilidade financeira, já que imprevistos acontecem, além de garantir manter as regularidades das contribuições em momentos de instabilidades financeiras.

Diversificar investimentos é crucial, além de uma excelente forma de reduzir riscos, afinal de contas não é recomendável que se dependa somente do INSS quando se tratar de aposentadoria, segurança e qualidade de vida precisam ser valorizados.

Invista sempre em um futuro melhor!!

Planejamento previdenciário

O planejamento previdenciário é um excelente investimento para quem vai começar a contribuir com o INSS, principalmente quando realizado por um profissional especialista. O Planejamento Previdenciário, consiste em um estudo aprofundado sobre a vida previdenciária tanto passada quanto futura do segurado.

O planejamento tem a função de prevenir problemas futuros quanto à aposentadoria, bem como, se programar no intuito de receber o melhor benefício previdenciário.

Planejar se tornou uma ferramenta essencial, já que o sistema previdenciário é complexo e a Reforma Previdenciária, ocorrida em 13/11/2019 EC 103, trouxe mudanças drásticas quanto às novas regras e requisitos para se aposentar.

Conclusão

A aposentadoria pode parecer um assunto distante para muitos jovens, mas é fundamental começar a se planejar o quanto antes. Com as contribuições regulares para o INSS e estratégias financeiras complementares, é possível garantir um futuro financeiramente seguro.

Lembre-se de que a regularidade das contribuições é crucial para manter a qualidade de segurado e garantir acesso aos benefícios previdenciários. Além disso, é essencial pensar em uma forma de complementar a aposentadoria, investindo em alternativas como CDB, previdência privada, renda fixa ou variável, fundos imobiliários, Tesouro Direto e ações.

A reserva de emergência também é um componente importante para garantir estabilidade financeira em momentos de crise. Diversificar investimentos é fundamental para reduzir riscos e garantir uma aposentadoria segura e confortável.

Não dependa somente do INSS, invista em um futuro melhor! O planejamento previdenciário é um excelente investimento para quem vai começar a contribuir com o INSS. Com um profissional especialista, é possível prevenir problemas futuros e garantir o melhor benefício previdenciário.

Comece a se planejar o quanto antes para garantir um futuro financeiramente seguro e jamais deixe de lutar pelo melhor benefício, até a próxima. 

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